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Rússia rejeita relatório que aponta interferência na eleição dos EUA

Kremlin afirmou que a análise divulgada por senadores republicanos e democratas não explica como o governo estaria supostamente envolvido

O Kremlin rejeitou,nesta terça-feira (18), dois novos relatórios dos Estados Unidosalegando interferência russa na eleição presidencial norte-americana de 2016, dizendo que os documentos carecem de detalhes e não explicam como o governo da Rússia esteve supostamente envolvido.

Os relatórios de especialistas particulares divulgados na segunda-feira por senadores democratas e republicanos dos EUA alegam que a interferência eleitoral de Moscou nas redes sociais foi mais ampla do que se acreditava e incluiu tentativas de dividir os norte-americanos por raça e extremismo ideológico.

A Internet Research Agency do governo russo, sediada em São Petersburgo, na Rússia, tentou manipular a política dos EUA, disseram os relatórios elaborados por analistas de redes sociais New Knowledge e por uma equipe da Universidade Oxford que trabalhou com a empresa de análise Graphika.

Os relatórios de especialistas particulares divulgados na segunda-feira por senadores democratas e republicanos dos EUA alegam que a interferência eleitoral de Moscou nas redes sociais foi mais ampla do que se acreditava e incluiu tentativas de dividir os norte-americanos por raça e extremismo ideológico.

A Internet Research Agency do governo russo, sediada em São Petersburgo, na Rússia, tentou manipular a política dos EUA, disseram os relatórios elaborados por analistas de redes sociais New Knowledge e por uma equipe da Universidade Oxford que trabalhou com a empresa de análise Graphika.

Em grande medida, os dois relatórios verificaram descobertas anteriores de agências de inteligência dos EUA, mas detalharam muito mais a atividade russa, iniciada anos atrás e ainda em curso, disseram os relatórios e parlamentares destacados.

Trolls russos, por exemplo, tentaram incentivar “movimentos secessionistas” na Califórnia e no Texas, informou o relatório da New Knowledge.

“Estes dados recém-divulgados demonstram o quão agressivamente a Rússia tentou dividir os americanos por raça, religião e ideologia”, disse Richard Burr, republicano e presidente do Comitê de Inteligência do Senado, em um comunicado.

A agência russa trabalhou para erodir a confiança nas instituições democráticas dos EUA, e suas atividades não pararam, alertou. O comitê coletou dados das empresas de redes sociais que foram usados pelos especialistas particulares em sua análise.

O senador Mark Warner, democrata mais graduado do comitê, disse: “Estes relatórios demonstram até que ponto os russos exploraram as fragilidades da nossa sociedade para dividir os americanos na tentativa de minar e manipular nossa democracia.

“Estes ataques… foram muito mais abrangentes, calculistas e disseminados do que se revelou anteriormente”.

A Oxford/Graphika disse que os russos disseminaram “notícias políticas distorcidas e informações falsas sensacionalistas, conspiratórias e de outras formas a eleitores de todo o espectro político”.

O grupo afirmou que trolls russos exortaram afro-norte-americanos a boicotarem a eleição ou seguir procedimentos de votação errados e ao mesmo tempo estimularam eleitores de direita a serem mais combativos.

O Kremlin tem negado reiteradamente qualquer interferência na política dos EUA, e descreve as alegações como parte de uma campanha anti-Rússia politicamente motivada.

FONTE: REUTERS

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Marcio Martins martins

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