A polícia prendeu uma mulher de 34 anos suspeita de matar um homem e gravar o momento da execução, em Manaus. De acordo com a polícia, a vítima era comparsa da suspeita e atuava em roubos e latrocínios praticados na capital. O crime ocorreu no dia 9 de julho no ramal Água Branca, na AM-010, e o caso foi divulgado nesta quinta-feira (31). As imagens foram encontradas pela polícia no celular de Luciana Ferreira da Silva no dia 25, quando ela foi presa por suspeita de envolvimento na morte de um empresário em um condomínio de luxo no bairro Ponta Negra, na Zona Oeste.
As cenas gravadas por meio de um celular mostram a vítima de joelhos sob a ameaça de várias armas. O revólver segurado pela mulher falha duas vezes, mas em uma terceira tentativa, ela atinge o homem com um tiro na cabeça. Um outro comparsa dela, que também aparece no vídeo, dispara pelo menos mais duas vezes contra a cabeça da vítima.
De acordo com o delegado Paulo Martins, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Luciana Silva tem envolvimento em diversos crimes na capital, entre eles a execução do empresário na Ponta Negra, morto com um golpe de arma branca dentro de um condomínio.
Paulo Martins explicou que Luciana atraiu a vítima para um suposto assalto que o grupo iria realizar. No entanto, o homem seguiu para uma emboscada. No local do crime, Luciana, acompanhada de outros três homens, renderam a vítima e efetuaram a execução.
Em depoimento à polícia, Luciana afirmou que havia emprestado cerca de R$ 3 mil e a vítima se recusava a pagar o valor. Ela relatou ainda que os dois chegaram a discutir e que foi agredida pelo homem. “Ele passou a perna várias vezes em mim. Deu uma coronhada na minha cara”, disse Luciana.
Outra versão relatada pela suspeita aponta que o homem foi morto por ter abusado sexualmente de uma adolescente de 12 anos. O delegado informou que a versão deve ser apurada. O envolvimento dos outros três suspeitos presos pela morte no condomínio também será investigada.
Segundo o delegado, as imagens não deixam dúvidas sobre a participação dela no assassinato. “Ela cometeu o crime e tentou deixar falsos indícios de que teria sido a polícia. Ela usa pistola e atira na nuca para deixar caracterizado uma ação da polícia, mas felizmente ela foi desmascarada. Vamos investigar o envolvimento nos outros crimes. Sem dúvida, é uma pessoa de alta periculosidade”, afirmou Paulo Martins.
O delegado informou ainda que o vídeo servia como espécie de troféu para ser exibido a membros de uma facção. O delegado deve investigar a possibilidade de o crime ter sido encomendado por outro traficante.
Para a polícia, Luciana Ferreira é integrante de uma facção criminosa que atua dentro e fora de presídios de Manaus. Ela está detida na Delegacia de Homicídios e Sequestros e deve prestar novo interrogatório ainda nesta quinta-feira (31).
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