Clássico de domingo, na arena alviverde, decide o campeão paulista da temporada
O Corinthians precisa marcar pelo menos um gol na casa do Palmeiras, no domingo, para conquistar o título do Campeonato Paulista. Mas, além de o Verdão ser dono da defesa menos vazada do torneio até o momento, o Timão terá pela frente o ataque mais positivo.
O primeiro jogo disputado em Itaquera, no sábado passado, mostra um pouco dos momentos vividos pelos sistemas ofensivos comandados por Fábio Carille e Roger Machado nesta temporada.
O confronto de ida, na casa alvinegra, foi marcado mais pelo contato físico e pelas divididas. O mínimo de destaque técnico do duelo foi dos palmeirenses, que abriram o placar logo no início do jogo, com gol de Miguel Borja, e construíram vantagem para a volta da final do Paulistão.
Para conquistar o título, o Verdão entrará em campo podendo empatar. O Timão precisa vencer por dois gols de diferença para ficar com a taça. E a decisão vai para as cobranças de pênaltis se os alvinegros ganharem por um gol de diferença.
Palmeiras vai marcar mais uma vez?
Muito da boa fase ofensiva do Palmeiras passa por Miguel Borja. Artilheiro do Paulistão com sete gols, ele superou os altos e baixos do ano passado e agora se consolidou como a grande referência do ataque alviverde.
Em termos de comparação, o colombiano marcou nove vezes no ano – sete no torneio estadual e duas na Libertadores. Apenas no Paulistão, Borja sozinho balançou a rede uma vez mais do que todo o ataque alvinegro que foi titular no sábado (Rodriguinho fez três gols, Clayson dois e Sheik um – Matheus Vital não marcou).
Na atual temporada, o camisa 9 triplicou sua média e está a um gol de igualar sua marca de 2017. Foram 43 jogos no ano passado contra apenas 13 de 2018 até o momento.
O retrospecto do Palmeiras em casa prevê jogo duro para os corintianos. Dos 102 jogos do Verdão no local, foram cinco derrotas por dois gols de diferença – são 17 revezes no total. Nas últimas dez partidas no estádio, apenas em uma o Verdão não fez pelo menos um gol – contra o São Caetano, no dia 5 de março, quando Roger usou time reserva na primeira fase.
Corinthians vai virar?
O time de Carille sofre para achar uma referência no sistema ofensivo. Sem Jô, negociado com o futebol japonês no fim de 2017, o Corinthians já jogou com Junior Dutra na função, testou formação com linha de quatro avançada e hoje tenta dar sequência a Emerson Sheik.
Os números, porém, deixam bem nítido o problema alvinegro. Os artilheiros da equipe no Paulistão são o zagueiro Balbuena e os meias Rodriguinho e Jadson, com três gols cada. O atacante que mais marcou é Clayson (dois gols), que será desfalque no domingo por causa da expulsão em Itaquera. Os demais (Sheik, Pedrinho e Romero) fizeram apenas um gol no torneio.
O que pode inspirar ainda mais o Timão é o retrospecto na casa do rival. São duas vitórias, um empate e uma derrota na arena palmeirense. O último confronto no local, inclusive, foi uma vitória por 2 a 0, o que daria aos corintianos o título caso o placar se repita no domingo.
Na era Carille, o Corinthians conquistou nove vitórias como visitante por dois ou mais gols de diferença. Em 2018, são dois triunfos dessa maneira como visitante: 4 a 0 contra o São Caetano, no Pacaembu, e 2 a 0 contra o Botafogo, em Ribeirão Preto.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM
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