O técnico da seleção mexicana, Miguel Herrera, quer ainda mais compatriotas no Brasil para ver o jogo contra a Holanda, domingo, em Fortaleza. Para ele, ter a esmagadora maioria dos 41.212 torcedores a seu favor fez a diferença para que o México vencesse a Croácia por 3 a 1, e se classificasse para as oitavas de final. “Não tenho nenhuma dúvida de que vamos ter mais de 40 mil torcedores [contra a Holanda]. Estaremos jogando em casa. Nossos conterrâneos vão vender o que precisar para estar aqui”, disse Herrera.
Para Herrera, ter quase toda a torcida a seu favor pesou negativamente nos jogadores da Croácia. “Quando a gente ouve o hino como a gente ouviu hoje, deve pesar, deve ser sentido pelo rival”, afirmou.
Praticamente toda a torcida era composta por pessoas com camisas verdes. Um pequeno grupo de menos de cem pessoas vestia a camisa da Croácia. Os mexicanos eram mais numerosos até do que aqueles vestidos com camisa da seleção brasileira.
Ao longo do jogo, os torcedores cantaram e entoaram gritos de guerra o tempo todo. Inclusive gritaram o polêmico “puto!” a cada vez que um jogador croata cobrava um escanteio ou um tiro de meta. “Apesar de aqui não ser nosso país, esse estádio hoje era uma extensão do México. Estávamos jogando em casa, com todo o sentido dessa palavra”, afirmou o comandante da seleção.
Herrera disse que a delegação mexicana vai comemorar com familiares que estão no Recife, mas que a comissão técnica já analisa a Holanda, próximo adversário, pelas oitavas de final. Apesar da alegria após a vitória, o técnico se disse incomodado com a atuação dos árbitros que apitaram os jogos do México até aqui. Ele reclamou, por exemplo, que o árbitro Ravshan Irmatov, do Uzbequistão, deu apenas um escanteio quando eles pediram toque de mão de Srna, no segundo tempo.
“Erram muito nos nossos jogos”, afirmou. “A arbitragem é algo que nos chateia um pouco”, disse ao mencionar dois gols anulados contra Camarões e pênaltis não marcados no jogo desta segunda-feira. “É algo contra o México”, disse.
“Não quis ofender”
Depois de fazer provocações aos mexicanos no último domingo, o técnico croata Niko Kovac disse, nesta segunda, que não tinha a intenção de ofender os adversários. “Não me lembro de ter ofendido ninguém. Se esse foi o caso, eu acho que vocês me interpretaram errado. Eu estou na Copa do Mundo e, se não tenho o direito de ser otimista, então vamos parar por aqui”, disse demonstrando alguma irritação ao ser questionado por um jornalista durante entrevista coletiva após o jogo.
No dia anterior, Kovac disse em sua entrevista após o treino de reconhecimento do campo que os mexicanos deveriam “tremer na base”. Após a eliminação, o técnico croata elogiou os adversários. “Eles mereceram a vitória se levarmos em consideração tudo o que aconteceu durante os 90 minutos”, afirmou.
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