FILOSOFANDO
“Ele não sabe nada e pensa que sabe tudo. Ou seja, tem vocação para a carreira política.” GEORGE BERNARD SHAW (1856/1950), escritor irlandês.
NUVENS CARREGADAS
O cenário dessa semana montada pelos defensores de Lula em Porto Alegre é de guerra. Concretização de um confronto anunciado até pela presidente do PT nacional, aquela senadora escrachada do Paraná, Gleisi Hoffmann, com a bravata de que “vai morrer gente” se Lula for preso. Essa é uma possibilidade quase nula. Nem por isso as nuvens carregadas do cenário político estarão afastadas. Ou seja, o efeito eleitoral do ano será devastador. Nada parece afetar a popularidade de Lula. Então, se ele conseguir ser candidato, mesmo condenado, é grande a possibilidade do Brasil ter novamente o petista na presidência.
AMEAÇA A TODOS
E podem anotar: o Lula de hoje é uma ameaça a todos, pregando abertamente um discurso revanchista e temperado com ódio máximo. Não escapará nem a liberdade de imprensa. O petista já anunciou que pretende “regulamentar” os meios de comunicação, crente o “excesso de democracia” foi o grande responsável pelo que acontece na Venezuela com seu amigo Maduro.
INCÓGNITA
Segundo a Frente Brasil Popular, que organiza as manifestações, 225 caravanas vão participar do protesto que deve reunir 50 mil pessoas devem estar presentes, mas o número pode aumentar se Lula confirmar a ida à capital do estado. Os primeiros militantes já chegaram ao estado, inclusive ônibus de localidades mais distantes, como o Nordeste. Espera-se que Lula não compareça. Caso ele participe e provoque a massa, tudo pode acontecer.
SALVE-SE QUEM PUDER
Nas eleições desse ano – em nível nacional e estadual – o clima é de um salve-se quem puder. Ao escancarar a corrupção no país, a Lava Jato colocou em xeque tradicionais caciques. Em Rondônia – só para exemplificar – nomes como o de Raupp (e dos demais senadores) passaram a figurar na relação dos inquéritos que correm na Justiça como praticantes de corrupção. Todos estão queimados e todos farão qualquer coisa para se manterem no poder na esperança de que assim não serão alcançados pelo Judiciário.
O PT
O Partido dos Trabalhadores insiste em depositar suas fichas em sua Fênix… Sem Lula o partido pode acabar. Assim, compreensível que o partido que institucionalizou a corrupção durante os anos em que esteve no governo não se incomode com o fato de seu principal representante ser réu em cinco ações penais e citado em diversas outras investigações.
SEM OPOSIÇÃO
Como não existe mais em lugar nenhum do Brasil a tradicional e aguerrida oposição, como se fazia no passado, quem tem de enfrentar Lula não consegue nem mesmo explicar e convencer os eleitores de hoje de os últimos anos de governo petista foram desastrosos para a economia. No governo Dilma, a situação não foi diferente. Todo esse imbróglio trouxe consequências nefastas para o mercado.
SEM CONTROLE
O PT jamais quis controlar a corrupção que se tornou monstruosa a partir do esquema do mensalão, dos escândalos nos Correios, etc, etc.
Toda a crise dos momentos atuais, como a da Previdência, da Caixa e outras mais agudas, são consequências de toda a gastança desenfreada do governo petista, desaguando no maior quadro recessivo vivido pelo Brasil.
RISCOS
Uma nova presidência de Lula seria manchada de lembranças de corrupção, má administração e burocracia judicial como foi na gestão de seu “poste”. Uma vitória de Lula levaria a uma subida do risco soberano. Investidores estariam definitivamente mais céticos. O Brasil elevou seu grau de investimento na era Lula e o perdeu na gestão de Dilma.
A vitória dele em 2018 seria um enorme retrocesso na luta contra a corrupção e representaria um declínio bastante significativo na confiança das empresas no Brasil. Você provavelmente veria fuga de capitais. Ou seja, representaria a guinada à esquerda. O resgate das práticas dos últimos anos que levaram o País a um combo de inflação em dois dígitos, recessão, rombo nas contas públicas, desemprego…
MANTER O CONTROLE
Os eleitos pelo voto popular, graças a esse sistema, não demonstram interesse em verdadeiramente representar as aspirações do povo. O nosso sistema de governo está formatado dentro de um padrão ambidestro. Não se trata da alternância do poder e sim do arranjo que a elite política, com a mão comadre da esquerda, mantém ha anos o controle do mais alto escalão da república.
Não sei como acreditar que as mudanças profundas necessárias nas instituições de nosso país possam acontecer com a eleição dos candidatos (qualquer sejam eles) postos até agora como os mais prováveis, vá realmente acontecer em função dos resultados das urnas desse ano.
NAS NUVENS
O país flutua no ‘nada’, desde o governo FHC ao atual Michel Temer. Então vamos à pergunta capital: Onde foram aplicados os “recursos”, principalmente no setor público, (principalmente o judiciário) que é o vilão da nação. O tão anunciado “pacto governista” se constitui na mais cínica e vergonhosa proposta política. Ela atende tão somente aos interesses do Congresso e do Judiciário. Isso agregado a empresários influentes que contaminam o sistema público brasileiro. Em suma: o vergonhoso mensalão do PT nos sugere uma série de reflexões.
PASSADO CONDENÁVEL
Mais uma decisão mela a festa de Temer. E dessa vez foi no STF. Diversas instâncias da justiça, não concordaram com o passado da nomeada, não referendaram a nomeação. E, claro, não foi pelo cabelo ridículo pintado de amarelo. O prestígio do pai – que cumpriu sua pena de prisão – não é o bastante para simplesmente apagar os episódios de condenação no âmbito da Justiça do Trabalho. Se o governo do país tivesse simancol teria retirado a Advocacia Geral da União desse imbróglio extremamente desgastante.
Mas o “mico” do ano ainda anima os puxas-sacos de Temer. Só isso motivaria o anúncio do (meu Deus!) ministro Marun: “Temer não desistiu da posse de Cristiane Brasil”.
OUTRA PIADA
Meirelles ainda acredita na aprovação da reforma da Previdência. Deve acreditar, também, no sonho de ser o próximo presidente da república brasileira.
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