FILOSOFANDO
“A universidade desenvolve todas as capacidades, inclusive a estupidez.” ANTON TCHEKHOV (1860/1904), médico, dramaturgo e escritor, considerado um dos maiores contistas não só da Rússia, mas do mundo.
MUITO GRATO
Para um sujeito rico como Ivo Cassol é difícil compreender sua felicidade em ganhar dois milhões de reais da Odebrecht. Ora, segundo o denunciante, Henrique Serrano de Prado Valadares, a metade desse valor foi dado ao simples secretário de estado do Planejamento de Ivo Cassol, o serviçal João Carlos Gonçalves Ribeiro. Então, por analogia, vê-se que Cassol é muito barato ou tem um apego exagerado a qualquer dinheiro.
Bastou essa grana para que o “Maçaranduba”, codinome dado a Ivo Cassol nas planilhas da Odebrecht, se transformasse num apaixonado defensor da empreiteira. “Ele era um garoto propaganda da Odebrecht, sem que a gente pedisse nada para ele”, afirmou o delator Henrique Prado Valadares, como noticiou a mídia.
FOI SÓ CASCATA
O que mais decepciona quem vive em Rondônia com as estarrecedoras revelações dos “chefões” da Odebrecht sobre políticos rondonienses (especialmente sobre Ivo e Raupp) é descobrir que ambos chegaram ao governo do estado com discursos de cruzada permanente contra a corrupção, ambos se colocando diante do eleitorado como paladinos da ética e da justiça social. Iriam – diziam ambos nos discursos – acabar com todas as mazelas de Rondônia.
MESMO SACO
Conseguiram dominar a política do estado por um longo tempo. Agora, com a revelação das denúncias dos “chefões” da Odebrecht (ainda faltam denúncias que certamente virão de outras empreiteiras) ficou claro que ambos, Cassol e Raupp, agiam de maneira inversa aos discursos de campanha. Nenhum dos dois fez revolução alguma, aliás, nem reformas.
Embora cada um se dissesse diferente do outro, agora com ambos rodopiando no furacão da “Denúncia do Fim do Mundo”, vê-se que eram (e são) muito iguais entre si. Ambos suspostamente instituíram um dos mais corruptos sistema de governo que se tem notícia em Rondônia.
PASSADO
Ambos são apontados como beneficiários dessa corrupção. Se no caso de Cassol surge até o nome de um secretário (inexpressivo) de estado, na longa ficha de Raupp estão esculpidos acontecimentos trágicos que hoje, diante dessa corrupção investigada pela Lava Jato, deveriam também merecer investigações específicas. Não se pode esquecer-se dos casos da privatização da Ceron e da liquidação do Beron (dizem que até hoje os políticos da época não resgataram suas dívidas – será que caducaram? – com o banco estatal), entre outros escândalos da época.
COMPLÔ
“Alemão” e “Maçaranduba”, codinomes dos senadores rondonienses apontados nas delações da Odebrecht como beneficiários das enormes ondas de corrupção promovidas por empreiteiras até muito recentemente só apareciam na imprensa cabocla (com raríssimas e honrosas exceções) como personagens acima de qualquer suspeita. Não porque a essa grande parte da imprensa do estado não soubesse que esses políticos nunca foram flor que se cheira. Tudo isso graças ao complô do silêncio dessa mídia amestrada com enormes verbas publicitárias e, pasmem, com a sonegação de impostos praticadas diante de um estado sempre vesgo para crimes praticados por “quem é da casa”.
CONTINUA
Ou você, leitor, acredita que o outrora poderoso “Estadão” do Mário Calixto recolhia os impostos devidos ao tesouro do estado? E não pense que esse esquema terminou. Não, a publicidade mentirosa e desnecessária bancada por órgãos públicos atualmente mantém esse complô do silêncio que só será rompido se novas revelações vierem da ação de instituições como MP, TCE e Polícia Federal.
Espera-se que os promotores de Justiça, os investigadores das polícias judiciárias e os auditores do TCE rondoniense passem a agir com redobrado rigor contra as maracutaias em curso, principalmente no braço político das instituições da (rárárárárá!) da republica dessa banda do país.
ENGAVETADAS
É claro que parte da mídia rondoniense cumpre o seu papel social e não deixa de denunciar maracutaias em setores tidos como grandes ralos para a corrupção, para a lavagem de dinheiro e formação de caixa dois para campanhas, como é o caso do segmento da publicidade. Quase todas as “agências” de publicidade existentes nessa parte do Brasil só se mantêm (e muito bem) com verbas públicas, com os enormes gastos para custear uma propaganda pública de péssima qualidade e sem nenhuma importância para o contribuinte.
Mas essas denúncias não prosperam. Até dá a impressão que tanto os MPs como o TCE entendem que elas não merecem ser investigadas. As exigências legais para a propaganda público não são respeitadas por aqui mas isso não dá em nada. Os canalhas beneficiados com esse sumidouro do dinheiro público estão salvos e cada vez mais ricos…
EVIDÊNCIAS
Não é preciso ser Sherlock Holmes para identificar quem usa a política para conseguir o enriquecimento rápido. Quem não sabe nesse estado qual político entrou nessa “carreira” puxando a cachorrinha e hoje tem vida nababesca? Só as pessoas que não “querem” saber.
Se quiserem investigar certamente identificarão dezenas de políticos, dirigentes sindicais, gestores públicos que tiveram evolução patrimonial incompatível com sua renda. Se investigarem a evolução patrimonial de vereadores de Porto Velho descobrirão autênticos Midas entre eles. E, ao contrário do velho João Alves (lembram desse deputado “abençoado” divinamente), não ganharam dezenas de vezes na loteria. Se alguém mexer vai descobrir que desse mato sairá coelho ou, mais apropriadamente, ratazanas…
ÔRRA NENHUMA
Há um consolo para os meros mortais. Você, leitor, não ficou rico por ser menos inteligente do que personagens do tipo do “Maçaranduba” ou do “Alemão”…
Ora, esse pessoal está nadando em dinheiro simplesmente porque romperam os limites da ética. Ainda tem gente que se engana. Acha, por exemplo, que personagens como alguns Testonis da vida (de Ouro Preto do Oeste) trabalharam muito, batalharam demais para ficar miliardários. Ledo engano, é só ver o que está escrito nas peças judiais sobre o famigerado escândalo do “Espaço Alternativo”…
HILDON EM SEGUNDO
Levantamento feito pela consultoria Medialogue, em parceria com a Reputation Guardian para a revista Exame.com, posicionou o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves entre os mais influentes da internet. A pesquisa colocou na liderança o prefeito de São Paulo, João Dória como o mais influente, o de maior quantidade de fãs.
Hildon Chaves aparece na vice-liderança com o maior percentual de crescimento do número de fãs no Facebook, com 153,6 mil novos fãs, crescimento de 104%, equivalente a quase o número de votos obtidos no segundo turno das eleições. A informação consta de nota distribuída ontem pela Comdecom da prefeitura da capital.
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