FILOSOFANDO
“O cofre do banco contém apenas dinheiro. Frustar-se-á quem pensar que nele encontrará riqueza.” CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (1902/1987), poeta, contista e cronista nascido na cidade de Itabira, em Minas Gerais. Foi um dos principais nomes do Modernismo brasileiro.
AOS AMIGOS TUDO
Temer inventou um ministério de nome Secretaria Geral pra proteger seu amigo Moreira Franco, sogro de Rodriguinho Maia. Tudo para evitar que Moreira, citado na Lava Jato, vá passear em Curitiba.
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EMPORCALHADA
A sujeira em Porto Velho não se restringe aos terrenos baldios e ao lixo jogado em qualquer lugar, especialmente em fundos de vale, poluindo quase todos os igarapés.
Em Porto Velho – por pura sorte – a praga das pichações ainda não é caótica, como São Paulo. Mas a cidade não escapa de ser emporcalhada com a proliferação exagerada dos enormes outdoors de publicidade (alguns luminosos) tornando cada vez mais grave a poluição visual. No passado houve até uma iniciativa para coibir os abusos mas acabou não dando em nada. Agora a bola está com Hildon Chaves que não deve esquecer esse aspecto na hora de limpar para valer a cidade.
LINCES
Leitores da coluna enxergam como linces. Um desses leitores depois de ler a nota sobre os deputados premiados com a viagem a Cascavel, no PR, para visitar uma feira rural, lembrou que ao contrário do texto da coluna, “os deputados tiveram sim, “ju$tificativa$ reai$” para fazer a viagem acompanhados de assessores, aproveitando a cortesia do parlamento…
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SÓ TRUQUE
Está mais do que demonstrado e provado a inutilidade do “Blog do Confúcio”, onde o governador rondoniense faz tudo para se apresentar como um cronista e literato perante os rondonienses. Na última postagem o ocupante do Palácio Rio Madeira faz palrações sobre a reforma política, considerando as coligações como “vergonhosas”.
O filosófico governador desancou também a “farra dos partidos de aluguéis” sem nominá-los e tascou o malho também na figuração do “suplente de senador”.
Ora, Confúcio apenas utiliza-se do famoso truque de madame. Afinal, em todo o tempo em que foi deputado federal nunca apresentou uma proposta para acabar com o sistema que agora critica. Será uma demonstração de senilidade.
BLOCOS
Pelo menos 70% dos blocos carnavalescos de Porto Velho estão correndo o risco de não poder desfilar no carnaval desse ano, segundo informação veiculada ontem da própria prefeitura municipal. Reflexo das influências desses tempos bicudos nos folguedos de momo. Os blocos tem um prazo curto para regularizar sua situação junto ao fisco municipal para garantir o alvará do desfile.
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SÓ NEGÓCIOS
Faz tempo que o carnaval de Porto Velho vai correndo o risco de se juntar a outras tradições extintas ou em fase de extinção em nossa capital. Na atualidade blocos carnavalescos perderam o caráter das iniciativas espontâneas transformando (salvo as raríssimas exceções) em negócios em busca do alto lucro.
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SÓ ALEGRIA
Vai ser difícil ver de novo no carnaval de Porto Velho algo como o “Bloco das Piranhas”, que reuniam os representantes da imprensa para brincar o entrudo com criatividade, irreverência e deboche.
O coordenador, sempre vestido com o caráter mais debochado das “Piranhas” era o Rosinaldo Machado, o fotógrafo mais respeitado da mídia dos tempos do Teixeirão. E o tom da festa acontecia com personagens da importância de Rubens Coutinho e de gente saudosa como o baiano Paulinho cantando na avenida as marchinhas imorredouras. Ninguém tinha propósito comercial. Ninguém esperava alguma ajuda dos cofres públicos.
SÓ GRANA
Os blocos de carnaval mudaram radicalmente em Porto Velho quando surgiu por aqui o tal “Carnaval Fora de Época”, principalmente com o surgimento do “Maria Fumaça”. Aquele bloco se transformou num fenômeno de massa arrastando milhares de “foliões” (na verdade uma multidão de “brincantes” desajeitados vestidos com os abadás comercializados a preços superfaturados) e alegrando o Zezinho da Maria Fumaça com milhões de reais, dinheiro suficiente para bancar candidaturas de seu clã político.
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ESTÉTICA & VIOLÊNCIA
As mudanças implantadas no carnaval convencional do portovelhense dos tempos das grandes escolas (Pobres do Caiari e Diplomatas do Samba) e dos ranchos e blocos do passado acabaram impondo uma estética alienígena (com a presença dos enormes trios elétricos e cartazes da música baiana) é o mau gosto musical do funk, axé e hip-hop sufocando sambas e marchas-rancho genuínas do carnaval.
Os arrastões e corre-corre típicos dos blocos montados com a finalidade de faturar o máximo de dinheiro com a venda dos famigerados abadás sofreram um baque-enorme diante dos acontecimentos de violência e insegurança que culminou na morte de “foliões” que “caíram” de um desses trios elétricos improvisados.
JUSTA HOMENAGEM
Na semana que termina hoje, a nova gestão municipal chefiada por Hildon Chaves conseguiu avançar numa justa homenagem ao saudoso Manelão da Banda do Vai Quem Quer, transformando uma travessa entre o Mercado Cultural e a praça Getúlio Vargas numa calçadão com o nome do criador e eterno general da Banda do Vai Quem Quer, o maior bloco carnavalesco rondoniense.
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RESPEITO À TRADIÇÃO
A Banda do Vai Quem Quer foi formada por um grupo de amigos (liderados pelo Manoel Mendonça) que seguiam a tradição do carnaval das marchinhas. Enquanto esteve vivo Manelão respeitou essa tradição. A Banda até hoje ainda respeita essa especificidade do carnaval, o que faz dela a mais distinta atração do carnaval rondoniense. Sem a presença física do saudoso General da Banda, hoje o comando da folia está na responsabilidade Ciça, que continua a obra do pai.
OTIMISMO
Já estão na mesa do secretário da Fazenda de Porto Velho, segundo fonte, os primeiros números da arrecadação do município, em janeiro. Eles – sempre de acordo com a fonte – ainda não superam as expectativas do novo prefeito mas mostram uma tendência de crescimento dos contribuintes municipais. Há necessidades de estudos mais aprofundados para avaliar os reflexos da crise econômica na arrecadação, concluiu a fonte.
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