FILOSOFANDO
“Mudar, experimentar e respirar novos ares será sempre salutar. Dentro e fora da política, sempre quando algo não está bom. Esse foi o principal sentido de se escolher dirigentes públicos com o perfil do novo prefeito de Porto Velho. É claro que não vamos mudar do dia para noite a característica peculiar da inversão de valores que ainda leva cidadãos da cidade como a nossa a endeusar políticos que se alinham com as práticas populistas, com o assistencialismo, com superficialidade, sem se importar com a essência e com a com políticas públicas sólidas e duradouras. Quem acredita ser possível tais mudanças, mesmo no longo prazo, não deve desistir”. Gessi Taborda (1951), reiniciando as atividades e com ela o ano jornalístico de 2017, após o (curto) recesso de final de ano.
FALTANDO CLAREZA
De longe, pelas redes sociais, acompanhei a definição dos nomes escolhidos para esse primeiro secretariado do prefeito Hildon Chaves, eleito com o compromisso de mudar (prá valer) a gestão da prefeitura da capital rondoniense e o modo de se fazer a política nessa banda do Brasil.
A princípio é possível, se o sujeito for perspicaz, mirar um caminho inovador. Mas como previ muito antes estamos longe do “dream team” tão desejado. A primeira defecção desse staff comprova essa afirmativa.
FINGIMENTO
A escolha de algumas figuras carimbadas num passado nem tão distante da crônica política portovelhense pode alimentar em muitos dos integrantes da comunidade de Porto Velho a ideia de que assistimos, mais uma vez, aquela peça de teatro onde apenas se fingiu que nos opomos a tudo aquilo que sempre norteou a gestão pública da capital e até do próprio estado em que vivemos.
Espero com as próximas ações do novo prefeito que isso não aconteça. Afinal o povo não fingiu que votava numa oposição. Ao escolher esse novo prefeito, todos nós eleitores de Porto Velho, gritamos a pleno pulmões que não queremos nada das velhas práticas. Hildon Chaves com certeza não deve ser, em hipótese alguma, o mesmo projeto de seus antecessores. Os moradores de Porto Velho não merecem mais essa embromação. Entenderam???
TARADOS
Tudo leva a crer que os rondonienses são tarados pela Assembleia. Ontem, em pleno recesso, era impossível conseguir uma vaga para se estacionar nas proximidades da sede daquele Poder. Bem diferente do resto do país. Enquanto em SP e MG percebe-se logo o clima do recesso, aqui acontece exatamente o contrário. Difícil de entender mas fácil de constatar que mesmo no recesso o Legislativo estadual consome com despesas desnecessárias um volume expressivo. Seria mais econômico se o período de recesso (que é de todo o Legislativo e não apenas de deputados) fosse verdadeiramente observado.
DATA
No próximo dia 2 de fevereiro acontecerá a votação para o presidente da Câmara dos Deputados. Mesmo no recesso, a eleição é o assunto.
MAIS ARRECADAÇÃO
Até agora tudo foi empurrado com a barriga. Não só em Porto Velho mais em todas as nossas cidades reinou a informalidade e a sonegação na prestação de serviços; com políticos deixando de cobrar ISS para agradar comércio e empresas.
Agora os novos prefeitos têm razões legais para passar a arrecadar, mais e mais. E quem sabe, para se tornarem menos dependentes dos Estados e da União.
IMPROBIDADE
A nova Lei 157, chamada Reforma do ISS, traz relevante contribuição para o saneamento das prefeituras ao exigir cobrança do principal imposto municipal (alíquota mínima de 2%) e considerar improbidade a concessão de abatimentos ou isenções.
PERDULÁRIO
A tentativa do governo de Confúcio Moura de gastar milhões de reais arrancados dos cidadãos-cotribuintes-eleitores rondonienses para custear coffe break e outras mordomias de apaniguados (como hospedagem em hotel de luxo) ainda não aconteceu, graças à ação preventiva do Tribunal de Contas rondoniense.
Ela demonstra limpidamente as constantes afirmações de que a gestão do (ainda) peemedebista é uma das mais perdulárias entre todas as outras havidas em Rondônia. Engana-se quem quiser. Confúcio está longe de ser um gestor pelo menos de nível médio em termos de transparência e eficiência no cenário do poder público brasileiro.
IMEDIATAS
Não li nada e nem sei se existiu alguma explicação sobre as prováveis decisões do novo prefeito Hildon Chaves a respeito da indústria da multa que vigorou no período da gestão (??) anterior, com a utilização do dispensável batalhão de agentes de trânsito municipal (pois só serviram para multar) acoitados na Semtran. Todos nós esperamos que a tal “indústria” seja desativada juntamente com as maracutaias do excesso de semáforos colocados dessincronizadamente em cruzamentos sucessivos.
IMOBILIÁRIA
A mesma observação vale para a transformação da Prefeitura numa imensa imobiliária que gasta fortunas em pagamentos de aluguéis (como o do prédio onde está a Secretaria Municipal da Saúde) contratados sem licitação. Diz-se que o volume de dinheiro retirado dos cofres públicos para o pagamento de aluguéis daria perfeitamente para pagar a construção de um moderno centro administrativo, numa nova e arrojada prefeitura. Tomara que o novo prefeito tenha respostas imediatas para esses dois flagelos da gestão anterior.
NEGÓCIOS
Hildon Chaves precisa se acautelar com as investidas e proximidades de “companheiros” acomodados em posições privilegiadas no tucanato. Eles estão dispostos a qualquer jogada para oxigenar o balcão de negócios que o novo prefeito jurou eliminar. Se não refrearem o apetite por dinheiro das finanças públicas acabarão usando a nova gestão para construir um déficit que ainda não existe.
BANDALHA
No geral o Brasil se tornou a terra da bandalha, especialmente após os fatídicos 13 anos de comando petralha. Os massacres em presídios (Rondônia já teve o seu e pode assistir, a qualquer momento, um VT de sua maior chacina) são episódios de uma disputa entre os maiores grupos criminosos do Brasil.
Esses massacres em presídios do norte do Brasil estão redefinindo, e mudando de patamar, do crime organizado no país. Embora se fale só sobre os massacres nas penitenciárias, é bom lembrar que a infiltração do crime organizado no poder público sempre foi uma ameaça presente até em Rondônia, onde vários políticos estão foragidos e outros se mantem no poder, eleitos pelo voto.
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