Justiça

Em debate tenso, Hildon cita “molecagens” de Léo e ação no TSE que pode cassar deputado por corrupção

Os candidatos a prefeito de Porto Velho se encontraram no debate da TV Record (SicTV) na noite deste domingo e elevaram ainda mais o tom da campanha na cidade. Entre os momentos de tensão, Hildon Chaves lembrou que a candidatura de Léo Moraes tem apoio do deputado federal Nilton Capixaba, envolvido na Máfia dos Sanguessugas (ambulâncias), citou o que considerou como “molecagens”, referindo-se aos ataques contra sua honra e família em redes sociais e propaganda eleitoral, revelou que não foi extinta a ação no TSE, que pode cassar o mandato de Léo Moraes por corrupção e que por falar tantas inverdades, deve “usar óleo de peroba”. O candidato tucano deixou claro que sua entrada na vida política tem exatamente a motivação de acabar com políticos que apelam a baixarias.

No primeiro bloco os candidatos fizeram perguntas com temas livres, debateram sobre regularização fundiária, geração de emprego para jovens e turismo. Mas foram os ataques e acusações que predominaram. Leo Moraes disse que nasceu político e por isso entende como administrar Porto Velho. De forma agressiva, Leo Moraes mandou o tucano se olhar no espelho e que ele não tem eleitores: “Eu conheço um mentiroso assim que olho pra ele”. Em resposta, Hildon disse que a Justiça havia o condenado por litigância de má fé. “Foi o próprio juiz eleitoral quem disse que Léo Moraes é mentiroso”.

O segundo bloco começou com direitos de respostas atendidos. Hildon Chaves respondeu ao candidato petebista sobre a ligação dele com a mulher ex-senador Expedito Júnior. “A empresa foi criada para implantar educação a distância no sistema prisional. Entraram sócios alguns investidores, a Val Ferreira, esposa do ex-senador Expedito, e dois médicos. Nunca funcionou e permaneceu inativa. Mas o senhor fez uma montagem falando de um suposto jantar no Rio de Janeiro. Esse jantar aconteceu há dois meses no restaurante Bacará em Porto Velho”.

Léo Moraes também ganhou direito de resposta. Um sobre não ser advogado, mas bacharel em direito e outro com relação ao processo que pode leva-lo a cassação em uma ação envolvendo o Sindicato dos Delegados. Ele disse ter sido absolvido e completou. Em seguida, os candidatos responderam a perguntas da população sobre temas específicos dos bairros Universitário, Flamboyant e ainda paradas de ônibus. Arrogante, Léo Moraes insistia em dizer que o adversário não conhece a cidade. E Hildon respondeu com propostas.

No mesmo bloco, voltou o confronto direto. Hildon questiona sobre educação, em especial a questão das pessoas com deficiências e Ideb. Léo responde sobre infraestrutura e capacitação de professores. “Hoje vivemos numa cidade universitária e vamos fazer convênios. Muitas escolas estão pra cair sobre a cabeça dos alunos. Manter escolas abertas aos fins de semana, duas escolas em tempo integral e mais de 7 horas e reconstruir a escola padrão”. Na réplica, Hildon disse que o adversário faz muitas promessas. “Eu fico preocupado quando o senhor fala num plano eficiente de gestão. Porto Velho sabe que o senhor não geriu absolutamente nada. Gestão precisa de eficiência, gerir pessoas, recursos, estipular metas, para ser prefeito de Porto Velho”. E o petebista partiu para a agressão. “Candidato deixe de ser prepotente. Quem já trabalhou em administração fui eu. Não esse seu mundo de faz de conta.”

Óleo de peroba

Na sequência Hildon respondeu que o adversário tenta amedrontar os servidores públicos com mentiras sobre demissões. “O senhor deve usar óleo de peroba. O senhor votou a favor da Lei Complementar 731/2013, retirando direitos dos trabalhadores da ALE. E o senhor tem praticado um verdadeiro terrorismo eleitoral. O senhor está assustando os nossos trabalhadores, faltando com a verdade. Tem que ter mais postura. O senhor não está mais no movimento estudantil. Eu me reuni com os trabalhadores da saúde e da educação e eles entenderam”.

Hildon relatou em seguida ser amigo do ex-senador Expedito Júnior e a esposa, Val Ferreira, há muito tempo e citou que os presidentes estadual e nacional do partido de Léo Moraes são envolvidos em esquemas de corrupção e eles estiveram presentes no lançamento da campanha do petebista. (referindo-se a Nilton Capixaba, denunciado no esquema das ambulâncias e o ex-deputado Roberto Jeferson).

Sem loteamento

Sobre a escolha do secretariado, Leo Moraes disse que vai valorizar os servidores de carreira e Hildon lembrou que não tem o apoio de apenas dois partidos e vai valorizar os técnicos da casa.

Os candidatos ainda falaram sobre mobilidade urbana. O tucano disse que precisa fazer um diagnóstico com engenheiros de tráfego para não ficar no achismo. Os dois ainda discutiram produção agrícola e saúde.

No último bloco, cada candidato respondeu a uma pergunta de internautas. Leo Moraes sobre saúde e Hildon Chaves falou da construção de creches. O tucano agradeceu a Deus e ao apoio da população enquanto o petebista falou de acusações que supostamente sofre.

 

Fonte: Rondoniagora

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Gomes Oliveira

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