FILOSOFANDO
“O Brasil precisa explorar com urgência sua riqueza, porque a pobreza não aguenta mais ser explorada.” Max Nunes (1922/2014), humorista brasileiro.
CONTRIBUINTE
O país todo vive uma crise econômica sem precedentes, com reflexo direto na alta taxa de desemprego, no aumento do custo de vida (o pobre esta assustado com o preço de produtos como arroz e feijão) e mesmo assim, aqui em Rondônia o cidadão-contribuinte-eleitor não escapa de exemplos de aumento de gastos das instituições públicas, como se os gestores vivessem em outro mundo.
ANEXO
Agora mesmo a Assembleia Legislativa está prestes a inaugurar um anexo em prédio alugado no centro da capital rondoniense por valor até agora desconhecido. Certamente caberá ao presidente do Legislativo, deputado Maurão de Carvalho, explicar o motivo de se gastar dinheiro com esse “anexo”, especialmente quando a construção da nova sede do Legislativo está próxima de ser concluída.
AUSTERIDADE
Pelo que se sabe, a Assembleia não cresceu em número de pessoal e nem no seu organograma original. O deputado Maurão, como é sabido, advoga a transparência e austeridade. Essas são características capazes de contribuir para sua ascensão política em 2018. Afinal são qualidades de gestor necessárias para quem pretende dirigir o estado.
A coluna não vai discutir a necessidade de o legislativo ampliar os gastos com mais esse aluguel.
MOMENTO INOPORTUNO
Mas cabe lembrar a quem administra a Assembleia que esse momento de crise é inoportuno perante os olhos da opinião pública. Não será com decisões dessa natureza que o legislativo estadual vai recuperar a necessária credibilidade perante o eleitorado rondoniense. Isso depõe tanto contra a Assembléia como depõem também a péssima campanha de publicidade em execução na mídia. A população tem o direito de ouvir explicações sobre como o dinheiro do contribuinte está sendo gasto pelo mais democrático poder do estado.
SEM QUORUM
A fraca aparição de deputados estaduais na Assembleia Legislativa na terça-feira (ontem) comprovou que o “recesso branco” vai durar até o contagem final dos votos da eleição do próximo domingo, dia 2 de outubro. Sessões deliberativas no legislativo estadual só voltarão a acontecer na primeira terça feira do próximo mês. Perfeitamente justificável já que três deputados estaduais disputam o cargo de prefeito e pelo menos com chances reais de serem eleitos.
FORA DO DEBATE
O presidente estadual do Psol, Pimenta de Rondônia, não estará participando do último debate entre os candidatos à prefeitura de Porto Velho, que será realizado pela TV Rondônia (afiliada da Globo) no próximo dia 29 pelo simples fato de não ter conseguido um índice relevante nas pesquisas recentemente publicadas.
Os dados das pesquisas sinalizam que o candidato do Psol vai perder feio mais uma vez. Debalde seu esforço, Pimenta não conseguiu em todos os anos de militância encorpar o discurso ideológico-partidário e afastar a imagem de que o Psol rondoniense não passa de um puxadinho do PT.
NAUFRÁGIO
A turminha da esquerda rondoniense está correndo um sério risco de naufrágio no encapelado mar dessa disputa, exatamente por usar antolhos durante os últimos anos de ação partidária, sem tomar posições drásticas contra os erros do petismo na capital e também contra as iniciativas do próprio prefeito (tido como esquerda por pertencer a um partido “socialista”) que – queira ou não – mantém a cidade no seu eterno atraso, como registrou nesse mês o ranking das cidades onde apareceu como a terceira capital mais esculhambada do Brasil, perdendo até para Rio Branco, no Acre.
APÓS AS URNAS
Ao ser conhecido o resultado das urnas no próximo domingo a esquerda de Porto Velho estará ferida de morte. O duro é que o féretro nem poderá sair da “Capela 13”. Ela terá suas portas cerradas para a agonia vermelha já nessa quarta feira, quando o vôo da “Omertá” deverá ser abatido pela confirmação das tão conhecidas e faladas decisões dos homens togados sobre a questão da inelegibilidade.
SEM LENÇO
Para os travestidos de comunistas não restarão nem lenços vermelhos com a estampa do ícone estrelado para chorarem à vontade. Aqueles que por aqui andaram entoando o canto do “Golpe” só terão como prêmio de consolação a viagem de turismo para a Venezuela, Nicarágua ou Cuba onde poderão engrossar o mantra dos Maduros da vida. Para quem conseguir ter os “restos de campanha” a Coreia do Norte poderá ser uma opção vermelha dos órfãos da “coluna 13”.
CARISMA
Até para quem a política não é a melhor praia é fácil identificar com quem Williames Pimentel tem o rabo preso: com Valdir Raupp, o principal morubixaba do PMDB. Aliás, foi exatamente esse o cacife usado para transformá-lo no candidato do partido do governador Confúcio Moura.
O volume da campanha de Pimentel nas ruas pode servir para encorpar as filmagens dos programas de TV, mas não dá a ele o necessário carisma, sem o qual fica difícil garantir uma vitória genuína.
MIRA ERRADA
Se entendesse isso, o candidato não teria centrado críticas no estreante tucano, com aquela conversa sobre o salário pago aos membros do Ministério Público, escolhidos em concurso público.
O revide de Hildon sobre os meios pelos quais Pimentel conseguiu todos os cargos desenvolvidos (“através de conchavos políticos”, tascou Hildon Chaves) deixou o peemedebista calado. Se o candidato do PMDB usar essa mesma tática no próximo debate poderá transformar sua chance de ir ao segundo turno numa grande tragédia.
FRONTEIRAS
Criado com festa pelo Governo federal há quatro meses, o comitê de coordenação e controle das fronteiras ainda não mostrou trabalho. Há uma expectativa para que algo concreto saia dia 3 de outubro.
CRESCENDO
Nas hostes do PTB o clima é de animação total com o desempenho do jovem candidato a prefeito de Porto Velho, o deputado Leo Moraes. Para o seu vice, o médico Amado Rahall, há um crescimento visível da chapa nessa reta final. Todos acreditando, disse o vice, que o petebista vai chegar ao segundo turno na liderança dos votos.
Com relação ao segundo colocado para o próximo turno, a incógnita permanece. Peemedebistas afirmam que Pimentel ameaça o favoritismo do candidato à reeleição. É esperar para conferir.
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