Ataques ocorreram entre a noite de sábado e a madrugada de domingo.
Estado Islâmico assumiu a autoria.
O número de mortos em ataques no Iraque, entre a noite de sábado (2) e a madrugada de domingo (3), passou de 200. O número vítimas, porém, ainda é desencontrado. O grupo terrorista e extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou a ação, a mais sangrenta em um ano na capital iraquiana.
Nesta segunda-feira (4), o último balanço foi divulgado pelo vice-chefe do comitê do Conselho Provincial de Bagdá, Mohamed al-Rubaye, em uma entrevista divulgada pela CNN, falava em ao menos 200 mortos. A France Presse fala em 213. No entanto, a Reuters diz que 147 pessoas morreram e 35 seguiam desaparecidas, segundo a polícia e fontes médicas.
O mais letal dos ataques ocorreu no distrito xiita de Al Karrada quando um suicida detonou um caminhão frigorífico que trafegava no meio de uma multidão reunida perto da sorveteria Yabar Abu al Sharbat.
A sorveteria mais popular e antiga de Bagdá estava movimentada à 1h (horário local, 19h em Brasília). No momento do ataque, Al Karrada estava cheia mesmo tarde da noite porque os iraquianos costumam comer fora de casa durante o mês do Ramadã, já que passam o dia jejuando – a solenidade termina na próxima semana.
Uma outra explosão atingiu uma movimentada área comercial do centro da capital iraquiana, que estava repleta de gente devido ao Ramadã, mês de jejum muçulmano. O artefato explodiu na estrada em um mercado em al-Shaab, um distrito xiita popular do norte da capital.
O ataque com bombas é o mais mortal no país desde que as forças iraquianas desalojaram no mês passado militantes do Estado Islâmico de Fallujah, reduto do grupo a oeste da capital que servia como plataforma para o lançamento de ameaças desse tipo.
O EI assumiu a autoria do atentado em comunicado assinado e divulgado nas redes sociais, no qual garantiu que o alvo eram os xiitas. O grupo terrorista, que avaliou em 40 o número de mortos e em 80 o de feridos, advertiu que “com a permissão de Deus prosseguirão os ataques dos mujahedins contra os renegados”.
O Iraque trava uma luta contra o EI desde junho de 2014, quando o grupo terrorista assumiu amplas regiões do norte e do centro do país e proclamou um califado.
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