Em Linhas Gerais

“A presidente está caindo pelo conjunto da obra”, disse um deputado- por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

“As pessoas com privilégios preferem arriscar a sua própria destruição a perderem um pouco da sua vantagem”. John Galbraith (1908/2006), Economista canadense de Ontário que se tornou cidadão Americano, onde foi professor de economia na Universidade de Harvard.

FERIDAS ABERTAS

O resultado da votação do impeachment na Câmara dos Deputados comemorado pela maior parte da população brasileira, onde os deputados rondonienses garantiram um resultado de 8 a zero (todos votaram pelo afastamento de Dilma) é apenas o primeiro passo para a construção de uma nova política para os brasileiros. O resultado não estanca as feridas abertas na realidade do país. Essas feridas só serão estancadas se houver um despertar de bom senso nas lideranças políticas para adotar medidas de combate à gigantesca crise econômica, a degradação dos costumes e o combate implacável à corrupção.

SEM ESQUECER

Não dá para esquecer que parte da ruína da qual o PT é acusado de impor ao país também tem as digitais peemedebistas. E que esse mesmo partido, também é investigado por envolvimento direto nos casos de corrupção apurados pela operação Lava Jato.

Tomara que o resultado da votação na Câmara dos Deputados no último domingo permita dar o início à construção de um novo país.

SÓ FALTA UM PASSO

Agora só depende do Senado a sentença que porá fim à “República da Jararaca” e certamente terminará com o lulopetismo responsável pela eleição do “poste” inventado por Lula, como o próprio classificava Dilma Roussef em sua primeira disputa eleitoral.

Com a admissão do impeachment da (vá lá) presidenta pelo de 367 favoráveis, 137 votos contra, 7 abstenções e apenas 2 faltas Dilma agora está a um passo de perder o cargo, na etapa em que o impeachment será julgado pelo Senado.

A partir de agora, seu processo vai ao Senado, que montará uma Comissão Especial para analisar o parecer de acusação. Por volta do meio de maio, o documento deve ir ao plenário da Casa. Se derrotada ali, Dilma é afastada por 180 dias enquanto os senadores se lançam em um julgamento para conceder o veredito definitivo.

HONESTA?

De nada adiantaram os gritos dos deputados aliados de que Dilma era “uma mulher inocente e honesta” e de que “pedaladas” não são crimes. Na biografia de Dilma consta até ações de assalto a banco, quando assumiu o papel de terrorista nos tempos de clandestinidade e de enfrentamento do golpe militar. Mesmo assim o grito dos lulopetistas sempre trombeteou que “nunca roubou nada de ninguém”, nunca “teve contas no exterior”. “Contra mim não há nada”, tem bradado a presidente petista, como se a tal contabilidade criativa não atentasse contra a Constituição. Dilma, como se viu, nunca aceitou nem mesmo a ideia de que seus decretos suplementares feitos à revelia da autorização parlamentar eram sim crime de responsabilidade.

CONJUNTO DA OBRA

Uma declaração dada por um deputado do PPS veio a calhar para o entendimento de como se deu a queda de Dilma Roussef: “A presidente está caindo pelo conjunto da obra”. E nesse conjunto é fácil constatar além das fraudes fiscais, uma afronta à Constituição, o estelionato eleitoral.

Dilma não fez besteiras só na tentativa de nomear Lula para protegê-lo da investigação da Lava Jato e do julgamento de Moro; ou de aceitar sua total interferência na gestão do governo, que comandou diretamente de uma suíte de hotel de luxo em Brasília.

DETERIORAÇÃO ECONÔMICA

Por conta dos erros da presidente, subiu os juros para aplacar a inflação que viria a estourar a meta por primeira vez em uma década depois de um estímulo contínuo ao consumo. Aumentou também o preço da energia elétrica depois de tê-la reduzido em 2014 para estimular a indústria e preservar empregos. Subiu o preço da gasolina, congelado em ano eleitoral, prejudicando ainda mais a Petrobras.

MALABARISMO

Todo o episódio de votação do impeachment acabou revelando uma nova espécie de canastrão da política nacional. Ninguém pode negar que o presidente da Câmara dos Deputados sabe mexer o doce.

É incrível como Cunha consegue se manter em seu cargo mesmo com uma enxurrada de denúncias. E é ainda mais incrível que nenhum processo contra ele avance a ponto de destituí-lo de sua atual função.

Não basta trocar um governo se figuras como a dele continuarem a mandar no Brasil. Que o impeachment sirva para as mais profundas reflexões sobre o País que queremos e, principalmente, sobre quem deve ter o direito de falar e agir em nome dos brasileiros.

DILMA E LULA

Mas também não dá para aceitar sem embrulhar o estômago aquele magote de lulopetistas, de comunas e outros desafetos de Cunha procurando desqualifica-lo aos gritos raivosos e, ao mesmo tempo, protegendo Lula e Dilma como se eles merecessem respeito depois de tudo o que fizeram na destruição do patrimônio brasileiro.

Na opinião do colunista Dilma e Lula são escórias do mundo político. Aliás, depois das revelações dos diálogos nada republicanos entre Lula e seus asseclas gravados e divulgados por ordem do Juiz Moro, a impressão que ficou mais nítida foi a de que não são políticos e sequer um arremedo disso. São apenas restolhos de um velho fascismo histórico.

APODRECIDOS

Os dois se converteram em símbolos que precisam ser enterrados no lixão da história pois, verdade seja dita, encarnam o populismo carnívoro, bem próprio dos abutres políticos que precisam sempre se alimentar das carcaças da miséria alheia, que comem e, ao mesmo tempo, as produzem para seu provimento perenal.

Dilma e Lula dependem, agora, um do outro para poder sobreviver. São aves de rapina, que precisam dos pobres para poder sobreviver politicamente. Talvez seja esse o motivo pelo qual a maioria de quem votou contra o impeachment ter justificado sua decisão repetindo sempre o bordão “pelos pobres do país”.

ENGANAÇÃO

O colunista, com longos anos de caminho nas searas da política, está mais do que convencido de que Dilma e Lula é uma enganação bem elaborada pelo marketing, mas, na verdade são pessoas que não conhecem a alma brasileira, são pessoas sem grandeza. Sãos mesquinhos e apenas isso. São alienígenas políticos. Nós, brasileiros, precisamos apenas de bons instrumentos políticos que nos ajudem a fazer melhores escolhas políticas.

DEDOS CRUZADOS

Os governos estaduais estão na bica de receber um grande alívio financeiro: tudo indica que no dia 27, quando analisar o mérito da ação sobre os juros das dívidas estaduais com a União, o STF irá decidir em favor dos Estados, tornando definitiva a vitória parcial obtida com a liminar nessa semana do ministro Fachin. Resta saber o tamanho do alívio: como a União alega danos bilionários, negociações entre as partes terão que ser feitas nos próximos dias, podendo reduzir os ganhos dos Estados.

SEM DOAÇÃO

Não poderão fazer doações a partidos políticos os ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança na administração pública e empregados, proprietários ou diretores de empresas prestadoras de serviços terceirizados que tenham contrato com a União, estados, Distrito Federal ou municípios. Foi o que decidiu a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) ao aprovar substitutivo ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 663/2015. O substitutivo vai ser votado em turno suplementar na comissão, antes de seguir para a Câmara dos Deputados.

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