FILOSOFANDO
“Os tristes acham que o vento geme; os alegres acham que ele canta”. Luis Fernando Veríssimo (1936), Escritor brasileiro.
SUBIU PRÁ VALER
Passa a ser motivo de muita reclamação e decepção com a política econômica do país e com os próprios gestores públicos de Rondônia a disparada da carestia nos preços de alimentação e produtos nos supermercados. Segundo informações obtidas junto a economistas respeitáveis no seio do mundo acadêmico local, em relação aos preços do mês passado, a oscilação chegou a 3,4 pontos percentuais para mais nas gôndolas dos principais supermercados rondonienses.
EFEITO DILMA
A elevação dos preços da cesta básica atinge praticamente todo o país num claro reflexo do efeito Dilma e seu governo desastrado. O custo da cesta básica, medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), subiu em 16 capitais durante o mês de março, na comparação com o mês anterior.
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos aponta como principal destaque de alta as cidades de Vitória (4,19%), Palmas (3,41%) e Salvador (3,22%). No acumulado do primeiro trimestre, as maiores elevações foram observadas em Belém (17,60%), Aracaju (14,25%), Goiânia (12,77%) e Fortaleza (12,72%). A única capital a apresentar retração de preços nos três primeiros meses do ano foi Porto Alegre, com -0,82%.
CRESCENDO
O número de consumidores brasileiros com contas em atraso continua crescendo e chegou a 58,7 milhões de devedores em todo o país. Apenas entre fevereiro e março cerca de 700 mil devedores foram negativados. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e representam 39,64% da população entre 18 e 95 anos. A estimativa é de que 4,2 milhões de novos devedores foram incluídos nas listas de inadimplentes desde o início de 2015, quando o indicador apontava para 54,6 milhões de negativados.
RECADO AOS INDECISOS
O que alguns deputados federais de Rondônia estão esperando para sair de cima do muro e assumir a posição em favor do impeachment de Dilma, hoje uma aspiração nacional? Será que Lindomar Garçon, Marinha Raupp e outros integrantes da bancada rondoniense torcem para a descida inexorável do Brasil no precipício criado pelo sistema petralha de governo para tomar uma posição clara de representantes do povo?
Os deputados rondonienses sempre tiveram como marca o atrelamento ao governo, na espera de abocanhar e cargos e liberar emendas orçamentárias que, a grosso modo, praticamente não muda em nada a vida do povão do estado mas faz, como é fácil constatar, a alegria de prefeitos, empreiteiros e políticos corruptos que sempre dão um jeitinho de desviar essa grana toda.
Mas se nossos deputados não sabem para onde o lulopetismo está mandando o país, leiam e anotem os dados da realidade da qual também são responsáveis pelo acumpliciamento ao sistema petralha.
RECESSÃO E DESEMPREGO
Os indicadores da economia brasileira revelam que a recessão iniciada em 2015 se aprofunda, com exceção dos relativos à agricultura e à balança comercial. E com um agravante: a queda sistemática e acentuada dos investimentos aponta para a continuidade da desaceleração ao longo de 2016.
A brutal crise, combinada com a elevada inflação, atinge as empresas e os trabalhadores, que enfrentam um desemprego crescente e não têm esperança de uma nova colocação. Famílias perdem renda e precisam reduzir de forma significativa seu padrão de vida.
Garçon, Marinha et caterva imaginam que ficar ao lado desse sistema não vai lhes custar nada? Imaginam que os rondonienses estão isolados do resto do país e irão aplaudir sua submissão ao governo? Se assim pensam, é melhor estarem preparados para o futuro tenebroso, daqueles que saem da vida pública escorraçados pelos eleitores.
VÍTIMAS DO ESTELIONATO
Os políticos rondonienses sem coragem de abandonar a confortável postura de estar na base de apoio do governo serão responsabilizados pela sua parcela de culpa na proteção dos estelionatários eleitorais, com a velha lenga-lenga de que o petismo transferiu milhões de brasileiros para a classe média. Que classe média, caras pálidas.
A brutal crise, combinada com a elevada inflação, atinge as empresas e os trabalhadores, que enfrentam um desemprego crescente e não têm esperança de uma nova colocação. Famílias perdem renda e precisam reduzir de forma significativa seu padrão de vida.
PESADELO
O sonho de ascensão de milhões de brasileiros que ingressaram no mercado de consumo nos últimos anos se transforma em pesadelo pela inadimplência crescente e pela falta de perspectivas.
Ainda mais grave que a crise política é o cenário de incertezas que abala a economia e a sociedade, gerando paralisação dos investimentos, redução da produção e retração do consumo.
Deputados como Lindomar Garçon e Marinha Raupp deveriam não esquecer suas origens pobres, as agruras que passavam antes de serem salvos pelos sucessos conseguidos na vida pública. Deveriam pesar bem esses fatos tenebrosos antes de ficar nessa vexatória posição de quem não tem posição, de quem prefere o muro.
TENEBROSO
Esses fatos tenebrosos, no entanto, parecem não sensibilizar os políticos sobre a urgência de soluções que possam restabelecer a governabilidade, a confiança e a esperança. Lindomar, que já foi de tantos partidos, deveria nesse momento ficar ao lado da principal aspiração do povo e não preso a orientação de seu partido de ocasião, de onde certamente vai sair na primeira oportunidade, quando perceber que não é e nem será o menino dos sonhos da cúpula da sigla.
Está na hora desse pessoal deixar de apenas ficar do lado que a vaca deita. Nas ações desses parlamentares rondonienses incapazes de assumir posturas de verdadeira política, vemos apenas disputas de poder e de posições, como se fosse irrelevante tomar atitudes que afetem as atividades econômicas e a vida dos cidadãos.
ESSA É A HORA
Estamos em ano eleitoral para escolha de prefeitos e vereadores. É na verdade um balizamento do que pode acontecer em 2018. Em Rondônia, nesse momento em que temos até exemplos alvissareiros de corruptos sendo presos por determinação da Justiça, deve ser tempo de decisões até para nossos políticos mais insossos. Não se pode mais esperar que os interesses pessoais, partidários ou de grupos mantenham a nação em suspense.
Tomara que no dia hoje nossos políticos assumam de fato suas responsabilidades de homens públicos lembrando que em virtude da deterioração da política brasileira este é o cenário: empresas fecham, o desemprego aumenta, a renda cai, a economia se desestrutura.
APELO
Então é isso. Para hoje a coluna faz esse apelo aos nossos parlamentares ainda indecisos, especialmente para aqueles que estão sobrevivendo na vida pública nas práticas do populismo. Ajudem votando de acordo com o interesse da maioria do povo brasileiro, abreviando o quanto antes o cenário desolador que castiga a população de Rondônia e do país.
.
DESCULPA
Lindomar Garçon, pela informação de uma fonte da coluna, não vai comparecer para votar o impeachment de Dilma no plenário da Câmara. Ele que até agora figurava na relação dos deputados indecisos vai justificar a ausência por ter ficado “doente”. Doença “muito providencial” essa que, pelo que se disse, tem data marcada para acabar: depois do resultado da votação.
Se realmente Lindomar quisesse demonstrar sua posição de estar a favor do povo faria como fez Roberto Campos que, muito doente, saiu do hospital no Rio de Janeiro e foi a Brasília, de cadeira de rodas, votar no impeachment de Collor de Melo. Parece que é demais tentar comparar Lindomar com Roberto Campos. Afinal, Campos era um intelectual e de caráter definido e o Lindomar é apenas o Garçon.
Add Comment