FILOSOFANDO
“Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos”. Nelson Rodrigues (1912/1980), Dramaturgo brasileiro.
AS MUDANÇAS
O PMDB acionou sua comissão de ética para expulsar os ministros que não obedeceram à ordem de abandonar o governo. A notícia é espantosa. Poucos brasileiros seriam capazes de imaginar uma comissão de ética no PMDB.
PELA CULATRA
O ministro Marco Aurélio, ao exigir da Câmara a abertura de impeachment de Temer, com o objetivo de tumultuar o impeachment da própria Dilma, está vendo o tiro sair pela culatra.Marco Aurélio agora é a bola da vez e está sendo desmoralizado pelos deputados, que não têm o menor respeito por ele, jogaram a determinação do ministro na lata de lixo mais próxima e se divertem às custas dele. A comissão não será criada e o mito do semideus vai para o beleléu.
SEM SURPRESAS
O desespero do Planalto e do PT é flagrante. Vão recorrer ao Supremo inutilmente. O impeachment só depende de uma coisa – a aprovação na Comissão, na segunda-feira. Se isto acontecer, os plenários de Câmara e Senado apenas confirmam como aconteceu no caso de Fernando Collor, que foi traído pelo voto de deputados ligadíssimos a ele. A tendência é sempre esta. Sem surpresas. Se perder na Comissão nessa segunda feira, dia 11, e vai perder, Dilma pode se preparar para descer a rampa. Só ela parece não ter compreendido o espírito da coisa.
ENTÃO APROVEITE, ELEITOR!
O assunto da política nunca esteve tão quente. Também pudera, com todos os fatos registrados aqui em Rondônia e de resto no país, não poderia ser diferente. Mas paradoxalmente, embora política seja o assunto do dia, há um visível desinteresse da sociedade, em geral, pelas eleições que irão acontecer em outubro.
Falta tão pouco tempo, são tantos nomes relacionados como pré-candidatos para uma cidade como a capital de Porto Velho, e mesmo assim é fácil constatar, especialmente para nós que comentamos o assunto diariamente, que a população ainda não consegue enxergar propostas de alguma qualidade em quem se apresenta como candidato em tirar Porto Velho do marasmo, da paralisia administrativa e da incapacidade de concretizar projetos que verdadeiramente melhore a vida de seus habitantes.
DESPACHANDO OS MAUS
Outubro próximo será o momento para se despachar, definitivamente, aqueles que construíram sua passagem pelas câmaras municipais e pelas prefeituras abusando da mediocridade, da burrice, da desonestidade, do empreguismo, do nepotismo, da corrupção, das verbas indenizatórias, do descaso com demandas legítimas e de interesse coletivo. Como claramente aconteceu na capital rondoniense com o medíocre (sinaleiro) Mauro e com os vereadores que atendem por nomes tão estranhos como os de integrantes de time de pixuleco
ELEIÇÕES DIFERENTES
As eleições de outubro serão as primeiras que ocorrerão efetivamente após a prisão de vereadores da capital, pegos em operação de combate à corrupção no âmbito da política municipal de Porto Velho. Também serão as primeiras após a prisão de políticos acostumados a conviver com o fétido pântano da roubalheira no cenário estadual.
Há ainda o aspecto do custo das campanhas. Imagina-se que as eleições deste ano serão mais pasteurizadas pelas limitações legais de financiamento de políticos.
DESCULPA IRREFUTÁVEL
Vai ser difícil para políticos acostumados a derramar dinheiro no processo eleitoral comprar consciências como acontecia em eleições anteriores. Dessa vez, empresários, grandes fornecedores e “doadores” que irrigavam as finanças dos candidatos ou dos partidos terão à mão, como desculpa irrefutável para fechar os cofres, a vigilância da Polícia e da Justiça Eleitoral, limitando e inibindo doações, antes certas e generosas, para custear campanhas eleitorais destinadas à eleição de seus preferidos.
DESCOBERTA
Esta decisão vai, por si só, tornar mais transparente a disputa eleitoral. Eliminará da vida pública boa parte daqueles que eleitos, esqueciam-se dos votos recebidos ficando do lado dos interesses de terceiros, especialmente dos financiadores, como as prioridades no exercício do mandato.
Ora, ninguém faz doações para partidos e candidatos em campanhas eleitorais esperando assim estar contribuindo para o aperfeiçoamento da causa democrática. Quem contribui com dinheiro ou outros ativos, espera, obviamente, a retribuição de seu eleito, obtendo favores e benesses. Ainda não há almoço de graça.
CONTIDAS
Certo é que teremos eleições mais contidas nos seus gastos. Não haverá dinheiro fácil para irrigá-las, o que tornará nomes conhecidos e não rejeitados, com melhor perspectiva de êxito eleitoral.
Trata-se de uma equação difícil. Nomes muito conhecidos, com exceções (claro e felizmente), são mais expostos à rejeição.
Pela sociedade, são invariavelmente tratados como ladrões, safados, corruptos, bandidos, titulações às quais se acrescentam (carinhosamente) diminutivos, do tipo ladrõeszinhos, quando são iniciantes ou ainda não foram surpreendidos naquilo que se designam como falcatruas.
VALORES MELHORES
Anojado das práticas deletérias de boa parte dos políticos, o cidadão comum, sempre vítima de prefeitos e vereadores na hora do atendimento de suas demandas, se se é político, acaba colocando forma generalizada a culpa nos políticos, o que pode ser até perigoso, pois a generalização é muitas vezes injusta.
A política ainda é, no mundo civilizado, o espaço para se discutirem os assuntos da cidadania e os interesses da coletividade. Temos que aperfeiçoá-la, fazê-la de forma decente, sem concessões de ordem ética e moral, sempre em torno de valores melhores, através do diálogo, como caminho para sua construção.
SINAL FECHADO
A tara da gestão de Nazif em espalhar semáforos por todas as esquinas da cidade sinaliza de forma inexorável o vexame dessa administração (??) que vai chegando ao fim sem cumprir praticamente nada do que prometeu nas campanhas, aplicando o verdadeiro estelionato eleitoral. Termina o mandato sem equacionar o amontoado de elefantes brancos do tipo “viadutos” (quaquaquaquaqua!) que se incorporou no cenário de vergonhas da capital rondoniense. Como uma novela de horror, epílogo de mais uma bazófia de quem acabou assimilando o sistema digno do Al Capone que o antecedeu.
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