Decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (11), durante reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid
O Ministério da Saúde não vai recomendar a aplicação da quarta dose de vacina contra a Covid para a população em geral. Pelo menos não por enquanto. O R7 apurou que a decisão foi tomada durante reunião da CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19), na tarde desta sexta-feira (11).
O corpo técnico se reuniu para discutir a inclusão da quarta dose no esquema vacinal da população. Participam da CTAI membros da Secovid (Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19) e de outras pastas do Ministério da Saúde, além de representantes do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), do Conasems (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde) e de entidades envolvidas na temática.
“Até o momento, considerando o recomendado pela OMS, bem como os dados existentes, não existem subsídios robustos suficientes no Brasil para a recomendação de uma quarta dose para a
população geral, exceto imunocomprometidos”, destaca a nota técnica emitida após a reunião.
A orientação da CTAI para melhor proteger a população contra a Covid é manter o foco na dose de reforço, além da atenção às medidas não farmacológicas, como uso de máscara e distanciamento físico. A nota é assinada pelo diretor de Programa Danilo Vasconcelos e pela secretária extraordinária de enfrentamento à Covid, Rosana Leite, ambos integrantes da Secovid.
As reuniões da CTAI são periódicas e é possível que haja uma reavaliação no próximo encontro. Segundo o R7 apurou, a deliberação desta sexta é referente a uma decisão imediata.
A aplicação da quarta dose divide posicionamentos de especialistas da Saúde. Após o governo de São Paulo anunciar a inclusão da estratégia na imunização estadual, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, alegou que a discussão é precipitada.
Não está no radar do ministério a inclusão da quarta dose no PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19). Recentes posicionamentos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) devem reforçar a defesa da pasta. As notas destacam a necessidade de incluir novas vacinas direcionadas à proteção de novas variantes e de focar as atuais estratégias de imunização vigentes.
O próprio chefe da pasta, Marcelo Queiroga, já adiantou que não há previsão de uma nova dose extra no momento e que a prioridade está em avançar nas aplicações de reforço e em alcançar pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal primário.
O Brasil tem 76% das pessoas elegíveis vacinadas com o esquema básico e apenas 33% da população vacinável com a dose de reforço, mesmo havendo imunizantes suficientes para garantir as estratégias para todo o público já incluso no PNO.
FONTE: R7.COM
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