GIGANTE
O deputado Adelino Follador, principal nome do DEM rondoniense, é homem de coragem. Convencido de que os frigoríficos rondonienses estão cartelizados para artificialmente derrubar o preço do boi gordo rondoniense e com isso enfraquecer o mais importante segmento econômico de Rondônia prepara um contra-ataque ao quartel, convocando-os para prestar explicações na Comissão de Agricultura da Assembleia. É briga de cachorro grande capaz de inserir o nome de Follador na lista dos prováveis candidatos majoritários de 2018. Adelino é homem de grande estatura, mas ao se posicionar para enfrentar nada menos do que a Friboi, repetirá algo parecido com a luta de David e Golias. Se conseguirá alguma coisa, só o tempo demonstrará.
BILIONÁRIO
Certamente Rondônia não tem grande significado no montante de negócios da carteira da Friboi. Afinal estamos falando de um dos maiores grupos econômicos do Brasil. As informações mais recentes contidas na mídia mostram com quem Adelino está metendo: recentemente esse “enorme Golias” adquiriu a Alpargatas por R$ 2,7 bilhões. Segundo a coluna Radar, de Veja on-line (http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/), o grupo J&F, dono da Friboi, lucrou R$ 9,4 bilhões no terceiro trimestre, apostando (via derivativos de câmbio) na desvalorização do real. Ainda sobra dinheiro para novos empreendimentos.
TEM MAIS
Se isso não bastar para deixar Adelino com a pulga atrás da orelha, especialmente com vistas a um nome capaz de figurar entre os melhores financiadores de campanhas eleitorais, o grupo que o deputado vai enfrentar tem forte participação de organismos financeiros do Governo Federal. De seu capital, 23,9% são do BNDES Participações; e 10,37% da Caixa Econômica Federal.
Com tudo isso, tomara que o deputado que já foi prefeito de Cacaulândia, na região de Ariquemes, não amenize os ataques nessa luta de titãs. Um detalhe: até agora o Executivo comandado filosofalmente por um escrevinhador de “blog” não deu nem um pio.
PREFEITO ILUSIONISTA
O prefeito Mauro Nazif está cada vez mais acreditando na possibilidade de renovar o mandato e chega, como diz fonte bem informada das coisas que acontecem no paço, a imaginar que a está em curso a reversão de sua desdita perante o eleitorado, onde sua aprovação era baixíssima, para um horizonte muito mais positivo. E tudo isso, acreditam seus áulicos, a partir da chegada a Porto Velho de um ônibus articulado que, consta, estará integrado ao falido sistema do transporte urbano da cidade.
Mauro penou muito para chegar a um cargo executivo. Queria na verdade o governo, mas se contenta em continuar prefeito da capital. E é como prefeito aprofunda o lado de ilusionista, diante de uma plateia carente de respeito, de progresso com desenvolvimento, de democracia.
TACADA OPORTUNISTA
E não dá para simplesmente desconhecer essa tacada oportunista do lamentável prefeito da capital rondoniense. Afinal até gente com postura crítica no seguimento da imprensa já distribui apupos ao prefeito, enfeitiçados com a tacada oportunista do ônibus articulado e passam a retorcer a verdade em favor ao morubixaba do PSB rondoniense, sem bem que seja possível ouvir o tilintar das moedas nessa mudança de postura de “moçoila crítica”.
Todo mundo tá careca de saber que a imensa maioria das vias públicas de Porto Velho, por onde transitam as “carroças” do falido sistema do transporte urbano, não permite facilmente a operação de um ônibus desse tamanhão. E não será um prefeito que se lixa para o abandono da cidade que vai mudar isso. Nem por isso certos “donos” da mídia eletrônica da cidade se ruborizam ao aplaudir mais essa mera demagogia do soba portovelhense.
JOGANDO COM A IGNORÂNCIA
A marca mais visível desse político surgido no acaso (sem militância anterior) pelas fileiras do PSDB, partido pelo qual conquistou o primeiro mandato de vereador, sempre foi a demagogia, dessas que chegou a obriga-lo durante um bom período em rodar com veículos caindo aos pedaços, como comprovante de uma “humildade e pobreza” desconcertante para um personagem político. Mas o tempo foi revelando o verdadeiro Mauro Nazif, um político comprometido consigo mesmo.
E foi exatamente por isso que Mauro chegou o PSB, aproveitando a chance de materializar uma liderança (de esquerda) que na verdade nunca teve. E foi assim, jogando com a ignorância do povo que chegou a ser aplaudido como um “defensor de servidores perseguidos” e pobres carentes de atendimento na sempre falida saúde pública municipal e estadual.
ALIENAÇÃO
Nazif se promoveu graças à falta de discernimento do eleitorado dos grotões que sempre fez fila na sua clínica, no gabinete parlamentar e numa rotina chegava a transformar o salão nobre da Assembleia numa espécie de consultório do “caridoso dr. Mauro”, enquanto foi deputado.
A costumeira alienação do eleitorado pobre não se sentiu constrangida nem mesmo quando Mauro rasgou o figurino da pobreza e da esquerda, integrando alianças deprimentes com quem sempre combateu (caso de Carlinhos Camurça) na esperança de chegar ao comando Executivo mais rapidamente.
IDEOLÓGICO? QUANDO?
Esse cenário desolador da política rondoniense caiu como uma luva para finalmente colocar Mauro Nazif na prefeitura da cidade. Se no passado Mauro posicionava-se como um político ideológico e ético, na última disputa não se constrangeu em se aliar com um grupo economicamente poderoso de quem dizia sentir arrepios, pelo menos enquanto foi deputado estadual, viabilizando uma campanha milionária. Tornou-se, portanto, prefeito como um novo exemplo da falta de discernimento de boa parte do eleitorado portovelhense.
DE OLHO EM 2018
Num aspecto o prefeito de Porto Velho tem muita semelhança com o governador de Rondônia: ambos estão de olho na grande disputa de 2018. Por isso, no caso de Mauro Nazif o grande objetivo é renovar o mandato de prefeito para pavimentar a estrada em direção ao Senado ou ao próprio Governo estadual, objetivo que já tentou e não deu certo.
OPOSIÇÃO MEQUETREFE
A situação de desgaste em que se debate a gestão do “dr. 40” não é empecilho para Mauro sonhar com esse projeto megalônico. A seu favor o prefeito conta com uma classe política carente de verdadeiras lideranças, com uma (vá lá) oposição mequetrefe, um povo dócil e uma mídia pontuada de formadores de opinião pública facilmente cooptada pelo paternalismo estatal, pelo vil metal distribuído (principalmente) na forma de campanhas de mídia pagas, claro, com o dinheiro do contribuinte.
FALSAS PROMESSAS
É visível a ocorrência de mudanças no eleitorado de Porto Velho. Graças a hecatombe promovida pelo PT em dois mandatos de Bob Ali-Babá, esse eleitorado está vacinado contra os políticos de esquerda. Todavia há um perigo fácil de ser identificado. Apesar de tudo o eleitorado ainda amadurecido suficientemente para rechaçar as falsas promessas dessas bizarras figuras de “heróis dos oprimidos” que é onde Mauro pretende continuar se situando.
É preciso que se organize o eleitorado local para a responsabilidade de mudar o destino de Porto Velho e, consequentemente, o destino da própria população sempre mentida dessa cidade.
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