Mundo

Ataque a mesquita deixa ao menos 32 mortos no Afeganistão

Atentado suicida ocorreu em templo xiita na cidade de Kandahar, no sul do país

Ao menos 32 pessoas morreram e 74 ficaram feridas após um atentado suicida atingir uma mesquita xiita na cidade de Kandahar, sul do Afeganistão, nesta sexta-feira (15).

“Nossas informações iniciais mostram que um homem-bomba detonou seus explosivos dentro da mesquita”, afirmou à AFP uma fonte do governo local talibã, que pediu anonimato.

A origem da explosão, ocorrida uma semana após um atentado suicida na cidade de Kunduz, no norte do país, que foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), não é conhecida por enquanto.

Uma testemunha disse à AFP que ouviu três explosões, uma na porta principal da mesquita, outra no área sul e a terceira no local onde se lavam os fiéis.

Outra testemunha também observou que três explosões sacudiram a mesquita no centro da cidade durante a oração do meio-dia na sexta-feira, dia de descanso da semana para os muçulmanos, quando muitas pessoas se reúnem para orar.

O porta-voz do Ministério do Interior, Qari Sayed Khosti, publicou no Twitter: “Estamos tristes ao saber que houve uma explosão em uma mesquita da irmandade xiita no primeiro distrito da cidade de Kandahar, na qual vários de nossos compatriotas foram martirizados. E feridos”.

“Forças especiais do Emirado Islâmico [nome do Talibã para o Afeganistão] chegaram à área para determinar a natureza do incidente e levar os responsáveis ​​à Justiça”, acrescentou.

Muitos fiéis

De acordo com um jornalista da AFP, a mesquita estava lotada de pessoas quando as explosões ocorreram e pelo menos 15 ambulâncias foram para o local.

Imagens divulgadas nas redes sociais, cuja autenticidade não pôde ser verificada imediatamente, mostravam corpos caídos no chão da mesquita de Fatemieh.

Na sexta-feira, o Estado Islâmico-Khorasan (IS-K) assumiu a responsabilidade por um ataque a uma mesquita xiita em Kunduz que deixou pelo menos 60 mortos. Foi o ataque mais mortal desde que as tropas americanas deixaram o país, em 30 de agosto.

O IS-K é um rival do movimento islâmico do Talibã, embora ambos sejam sunitas.

O Talibã, que tem sua própria história de perseguição aos xiitas, voltou ao poder no Afeganistão em 15 de agosto e, desde então, fez da segurança sua prioridade, após vinte anos de guerra.

Os xiitas representam cerca de 10% da população afegã. Muitos deles são hazaras, etnia perseguida há décadas no país.

FONTE: AFP

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Gomes

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