Policial

Suspeito morto dentro de ônibus no Rio estava com réplica de pistola

PM passageiro reagiu e no tiroteio motorista e assaltante foram mortos.
Tentativa de assalto ocorreu na noite de quinta-feira, no Centro.

 O delegado adjunto da Divisão de Homicídios (DH) André Barbosa contou que os suspeitos que tentaram assaltar um ônibus no Centro do Rio na noite de quinta-feira (5), usavam a réplica de uma pistola, que foi apreendida pela polícia. No assalto, um PM que estava dentro do ônibus reagiu e no tiroteio o motorista e um dos assaltantes foram baleados e morreram na hora.

Segundo o delegado, o PM em legítima defesa. A polícia está apurando se os assaltantes tinham outra arma para saber de onde partiu o tiro que matou o motorista do ônibus.

O caso ocorreu por volta das 21h30, quando dois suspeitos entraram no ônibus e anunciaram o assalto. O ônibus seguia na pista lateral da Avenida Presidente Vargas, na altura da Cidade Nova.

Cláudio Joaquim da Silva era um dos passageiros. Ele estava indo para São Gonçalo, na Região Metropolitana e viu tudo.

“Entraram dois rapazes, um na frente outro atrás. Um ficou com motorista, gritou que era assalto e começou a recolher. O policial estava atrás de mim. E disse ‘polícia, polícia’, aí o tiro comeu. Eu me abaixei, não vi nada. Só vi tiro comer. muito tiro. Todo mundo se abaixou. Desespero, todo mundo gritando. Não estava muito cheio. Só escutamos tiros”, contou o passageiro.

Os passageiros disseram que um dos ladrões foi para o meio do corredor e o outro ficou ao lado do motorista, Márcio Douglas Oliveira Diniz, de 41 anos, que estava fazendo a última viagem do dia antes de voltar para casa. Márcio recebeu ordem dos assaltantes para apagar as luzes e dirigir devagar.

Foi quando um policial militar, que estava dentro do ônibus voltando do trabalho, reagiu. Houve um intenso tiroteio. O para-brisas do ônibus estava com as marcas dos tiros. O motorista e um dos assaltantes foram baleados e morreram na hora. O outro assaltante chegou a ser levado para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, mas não resistiu.

“Não sei se estavam com arma de brinquedo. Não deu para ver, só abaixei e escutei os tiros. Nunca fui assaltado, nunca passei por isso, é difícil”, contou o passageiro Paulo Renato Matos de Barros.

Um colega de Márcio que também é motorista da Viação Coesa estava no ônibus, como passageiro. Aloísio contou que os assaltos a ônibus são constantes.

Uma faixa da Avenida Presidente Vargas ficou interditada para o trabalho da perícia até o início da madrugada desta sexta-feira (6), quando foi liberada. A DH está investigando o caso. Os passageiros que testemunharam a tentativa de assalto foram levados para prestar depoimento. Eles disseram à polícia que o PM que estava no ônibus deu voz de prisão aos bandidos, que fizeram um movimento brusco pra sacar a arma e aí i tiroteio começou.

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