Ministro afirma que gastos com o programa vão alcançar os R$ 50 bilhões após a elevação dos pagamentos e novos beneficiários
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (14), que o aumento de R$ 100 bilhões previsto na arrecadação de impostos com a reforma tributária vai bancar o pagamento do Bolsa Família.
Ele afirma que os gastos do programa vão alcançar os R$ 50 bilhões com a elevação do valor dos pagamentos e a inclusão de novos beneficiários ao Bolsa Família. “Vamos taxar os super-ricos para financiar a redução de imposto aos assalariados e fortalecer o Bolsa Família”, explicou o ministro em entrevista ao jornal Valor Econômico.
“Você vai ter que pegar esses R$ 100 bilhões de aumento de arrecadação e dizer que eles financiaram a redução das alíquotas do Imposto de Renda e vai ter que carimbar o dividendo dizendo que ele vai financiar o Bolsa Família”, disse Guedes.
No mês passado, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o Bolsa Família pagará em média R$ 300 a partir de dezembro de 2021. Até então, as simulações do Ministério da Economia apontavam para um pagamento na casa dos R$ 250.
Guedes afirma que as alterações buscam nem ferir a lei de responsabilidade fiscal nem furar o teto de gastos. “Nós sabemos que dinheiro não tem carimbo. De um lado, tem uma porção de fontes de arrecadação, e, do outro, as despesas. O Brasil é um país carimbador de recursos. Curiosamente, se eu pegasse esse aumento de arrecadação para pagar os R$ 30 bilhões eles vão dizer que pode”, comentou.
Segundo ele, as críticas seriam levantadas por pegar um aumento de arrecadação “transitório” para pagar um benefício permanente aos brasileiros. “No país carimbador, vamos ter que pegar os dividendos e dizer que é para sempre”, detalhou.
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