Em Linhas Gerais

Com o fim do financiamento de campanhas por empresas, já tem gente pensando em desistir das eleições-por Gessi Taborda

PENSAMENTO

“Em resumo, o Governo é o leão que se alimenta de nosso dinheiro; e que libera as hienas para que comam o resto”. Carlinhos Brickmann, jornalista de São Paulo.

GREVE

GREVEO Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais anunciou greve geral para essa quarta-feira, como protesto contra o adiamento de janeiro para agosto do reajuste do funcionalismo.

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DOAÇÕES

Tab11Se o processo sucessório municipal do próximo ano estava dentro daquele marasmo tão característico da política rondoniense, após a decisão do Supremo sobre a questão das doações de campanha, as supostos concorrentes emudeceram-se mais ainda e até parece prontos a desistir.

A regra é clara e já vale para o ano que vem. Nas próximas eleições municipais, somente serão permitidas doações de pessoas físicas. Os partidos também continuarão a contar com recursos do Fundo Partidário, garantidos pela Constituição Federal. Nenhum centavo de empresas será admitido pela Justiça Eleitoral.

COINCIDÊNCIA

Tab11Pode até ser mera coincidência, mas com a decisão saneadora do STF até mesmo Odacir Soares, que vinha se destacando como personagem político decidido a concorrer para substituir Mauro Nazif, preferiu recolher os flaps quando – como seria o óbvio – deveria aumentar sua exposição na mídia, diante de tantos assuntos controversos e polêmicos disso que ainda é chamado de “gestão municipal”.

Até parece que o experiente Odacir não concorda com a decisão do STF.

DOIS ANOS

Tab11Só após dois anos do início do julgamento o Supremo Tribunal Federal deu o tão esperado basta à “farra dos cifrões” em que se transformou o financiamento privado de campanhas.

Nas palavras do ministro relator Luiz Fux, o que ocorria era “uma captura pelo poder econômico do poder político, que é algo absolutamente inaceitável numa democracia”. Verdade.

ALMOÇO GRÁTIS

Tab11Certamente essa decisão do STF vai influenciar na disputa eleitoral do próximo ano, principalmente afastando da disputa os chamados “políticos profissionais” acostumados ao jorro do dinheiro fácil das empresas sempre dispostas a fazer o “bom negócio” de comprar titulares do poder.

Só para lembrar o leitor, o levantamento da “Transparência Brasil” mostrou que as empresas doaram pelo menos R$ 4,1 bilhões às campanhas eleitorais de 2010 e 2012. Somente em 2014 as doações de empresas somaram cerca de R$ 3 bilhões. É muito dinheiro. E, como já diz o ditado popular, não existe almoço grátis.

BOA HORA

Tab11A decisão do STF também acontece em boa hora, já que pode ser usada como argumento pela presidente Dilma Rousseff para vetar ao ponto da minirreforma eleitoral (PL 5735/13), aprovada pela Câmara dos Deputados, que permite a doação de empresas para partidos políticos nas campanhas.

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AVENTUREIRISMO

Tab11Por tudo o que se tem falado sobre as eleições do próximo ano não há como garantir uma disputa com personagens capazes de superar as melhores expectativas em termos de propostas e até de debates sobre os temas mais importantes para o sempre falado desenvolvimento sustentado de Porto Velho.

E exatamente pelo cenário de mediocridade existente na política local, essa nova restrição de cooptação financeira servirá, de forma meio contraditória, para sempre caber mais um aventureiro nessa corrida.

Os bons “profissionais da política” – como soem ser um personagem como Odacir – não deveriam ficar fora da disputa, facilitando a vida de aventureiros e paraquedistas com nomes já lançados até pelos grandes partidos.

REINVENTAR

Tab11Com a seca de recursos, partidos e candidatos devem se reinventar, deixar a zona de conforto, procurar formas criativas de atrair a atenção do eleitor. Poucos têm como se alicerçar em propostas coerentes, pois ao longo dos anos na vida pública praticamente nada de verdadeiramente importante agregaram à sua história.

Tem aquele tipo de político confiante de que a restrição ao financiamento de campanha faz dele uma espécie de “poule de dez” pelo seu desempenho no corpo a corpo pelas ruas. E por isso nomes como Lindomar Garçom já se assanha em entrar no páreo, por acreditar ser capaz de trocar os $$ pela filosofia dos quatro “S”: suor, saliva e sola de sapato.

GRANDE ERRO

PMDBCertamente os caciques dos grandes partidos, tipo PMDB, não deixarão de fazer novas avaliações para o lançamento de candidatos diante da nova realidade da legislação.

O nome de Williames Pimentel não se sustentará até o momento da escolha definitiva. Afinal, quem teria coragem de financiar a campanha de um candidato que não gera a menor esperança na população?

Todos os nomes mais expressivos lembrados até agora como preferenciais para a disputa de 2016 padecem do mesmo erro. De modo equivocado, objetivando vencer a eleição, os candidatos canalizam todos os seus esforços apenas nesse período.

MEU DEUS!

bandeiraOu alguém com visão do que nos espera, em termos de país, diante da lambança em que se tornou o governo; ou povo acorda e começa de fato a cobrar nas ruas as mudanças fundamentais, ou o Brasil vai inexoravelmente para o fundo do poço.

“Dólar abre em alta e atinge R$ 4,05, a maior cotação da história”. Uma humilhação para o Real, para esse imenso Brasil.

Tão preocupante como as más notícias da economia é saber que não há nenhuma boa perspectiva a médio prazo. Estamos regredindo à época anterior ao Plano Real. É um retrocesso imenso.

SEM CREDIBILIDADE

pmdbValdir Raupp não é mais aquele político caipira saído de Rolim de Moura e nem o “humilde” que venceu o “chic” Francisco Chiquilito, na disputa pelo governo.

Hoje, transitando no andar de cima da corte palaciana em Brasília, o barbudo Senador tenta tirara proveito das desditas do estado, como o homem da “solução”. E assim, nada mais natural do que vir com a lorota de que “os apagões” (cinco em menos de um mês) no sistema elétrico de Rondônia foi resolvido por sua interferência, junto ao Ministro das Minas e Energia.

INSÔNIA

pmdbRaupp teme ser descartado pela batalha das ruas (já prevendo derrotas enormes na disputa pelas principais prefeituras no próximo ano) quando ele e sua mulher tiverem de renovar os mandatos. Raupp ainda não percebeu não é mais capaz de engajar amplos setores populares em favor de seu partido, de seu discurso.

Enquanto fala de construção de pontes, de implantação de ferrovias e coisas do gênero, Valdir Raupp vive na expectativa dos desdobramentos da Lava Jato. Na cúpula do PMDB ninguém escapa da insônia porque não sabe o que vai rolar nas delações premiadas de seus operadores.

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