PARA PENSAR
O progresso pode até se colocar em evidência, mas o desenvolvimento humano não acompanha os avanços de tudo.
LADEIRA ABAIXO
O PIB afunda. Esse é o assunto de toda a mídia brasileira. A queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro na passagem do primeiro para o segundo trimestre do ano foi maior que a esperada pelo mercado financeiro, atingindo a marca negativa de 1,9%, contra a previsão média de queda de 1,7%. Além disso, a retração do PIB no primeiro trimestre do ano foi revista e mostrou um cenário de maior deterioração do que o observado na medição inicial, passando de queda de 0,2% para retração de 0,7%.
SÓ RESTA REZAR
A ideia inicial de promover um ajuste recessivo breve, no qual os gastos do governo e os salários cairiam de maneira controlada para reduzir a inflação, trazendo como saldo positivo a recuperação da confiança dos empresários e a queda das taxas de juros longas, fracassou.
Ao contrário, o “ajuste” promovido (tanto fiscal como monetário), atirou a economia brasileira em uma espiral recessiva descontrolada, sem apontar para nenhuma saída possível no médio prazo. Como hoje é sábado e como a agropecuária (onde está o destaque econômico rondoniense) retraiu 2,7%, o conselho da coluna é para que rezemos todos.
MERA PROPAGANDA
Consciente do alto índice de rejeição perante a população de Porto Velho, o prefeito Mauro Nazif não perde oportunidade de usar o método do autoelogio feito por moradores mais ingênuos, sempre que faz alguma ação pontual na cidade.
É exatamente isso o que busca fazer a péssima gestão de Mauro, ao falar sobre a chegada da pavimentação na avenida Lauro Alencar, no bairro JK I, no dia de ontem.
Arautos da prefeitura correram para colher o depoimento de Juarez Batista Viana, morador antigo do local, expondo sua satisfação diante do “asfalto na porta” de sua casa. Esse, claro, é um contentamento natural.
MERA ENGANAÇÃO
Mas isso não garante que o tal “asfalto” fuja do padrão de péssima qualidade, que acaba em buracos poucos meses depois de inaugurado. Certamente, como o próximo ano haverá a disputa pela sucessão de Mauro, a prefeitura vai esticar ao máximo a pavimentação conhecida como “casca de ovo” para derrubar a rejeição do prefeito. Depois, quando os buracos dominarem a paisagem, moradores como Juarez voltarão a amaldiçoar as gestões mequetrefes de Porto Velho.
É uma pena que a afirmação de outro morador, Ângelo Maciel dos Santos, “feliz por ver nossos gestores trabalhando em prol da evolução do município”, não passe de mais uma sacada do marketing de Nazif, sem nenhuma sustentação na realidade.
GRANDE ALIANÇA
Tanto Odacir Soares como Edgar Tonial, ambos pretensos candidatos à sucessão municipal de Porto Velho, estão trabalhando no sentido de formar uma grande aliança na cidade para impedir a continuidade do governo de Mauro Nazif, que vai concluindo seu mandato sem resgatar praticamente nenhum dos grandes compromissos que fez aos eleitores, prometendo uma cidade moderna, com gestão transparente, e livre da pecha que motivou para a prefeitura o apelido de “Caverna do Ali Babá”.
IMPLOSÃO
Tido no meio político como o principal operador do PMDB no escândalo do “Petrolão”, Fernando Baiano está negociando uma delação premiada onde entrega a cúpula do PMDB. No zumzumzum de ontem mais uma vez se falava da ptose facial de Valdir Raupp, o barbudo senador rondoniense que atrai sobre si não apenas os holofotes do estado, onde é inegavelmente o grande morubixaba do PMDB. Acredita-se que ao contar tudo, Baiano vai colocar essas figuraças do partido abaixo do volume morto em que se debatem hoje Dilma e o próprio Lula.
FALTOU CORAGEM
Nenhum dos deputados federais rondonienses integra o chamado alto clero da Câmara. E certamente preferem não cutucar o cão com vara curta. Assim, nada mais natural que nenhum deles tenha tido coragem de assinar o pedido de afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara, ao lado de 35 membros daquele legislativo que assinaram o documento “Em defesa da representação popular”.
CONTA ALTA
Enquanto isso, Eduardo Cunha e um grupo de 7 deputados e 2 senadores estão em Nova Iorque desde ontem. A viagem custará aos contribuintes R$ 200 mil em passagens aéreas e diárias. O pretexto é participar de um evento da União Parlamentar Internacional (UIP), que na verdade acontecerá só na segunda-feira. O fim de semana será livre para Cunha e os deputados fazerem compras. Atlantic City, famosa por seus cassinos, fica a menos de duas horas de carro de “Big Apple”. A crise não impede que políticos gastem o dinheiro do povo, com a desculpa de que participam de compromissos importantes, pois a eles faltam o simancol de entender essas sinecuras como achincalhe contra o povo.
INCENTIVO
A operadora de turismo CVC vai incentivar profissionais com experiência no setor a abrir agências especializadas em viagens corporativas e de aventura. Com 934 lojas em todo o País, a empresa está dando início às primeiras experiências nesse tipo de negócio, que oferece soluções de turismo que incluem a organização de eventos corporativos.
QUEDA BILIONÁRIA
Está confirmado que os Estados brasileiros devem perder em 2015 cerca de R$ 10 bilhões com o Fundo de Participação dos Estados (FPE) por causa da redução no pagamento do Imposto de Renda pelas empresas. A má notícia foi dada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Segundo ele, quase metade do que for arrecadado será transferido imediatamente para governadores e prefeitos, através dos fundos de transferências constitucionais (FPE e FPM).
CABEÇA NO LUGAR
O vereador Everaldo Fogaça vai aos poucos demonstrando amadurecimento político e sobressaindo-se entre seus pares por revelar uma preocupação muito acima da planície em que vivem a maioria de seus pares.
Numa conversa com jornalistas especializados em cobrir política Fogaça destacou que é preciso priorizar o Brasil para que o país saia da crise política. “O que vemos hoje em Brasília é uma falta de sintonia entre os poderes. Eles estão em choque constante. Isto não faz bem para eles e nem para a população, que precisa de soluções”.
Verbalizando com essa qualidade, Everaldo Fogaça vai se credenciando para chegar a cargos mais expressivos nas próximas eleições.
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