FACULDADES EM CRISE
Assunto que praticamente não aparece na mídia rondoniense e que poderá afetar milhares de pessoas no estado: o ensino particular de nível superior em Rondônia também é alvo da crise econômica em que se debate o Brasil. Uma importante fonte do setor garantiu à coluna que já há algum tempo instituições de nome destacado no ensino particular rondoniense vinham enfrentando uma situação delicada, com dificuldades para honrar pagamentos.
FECHAMENTO
Sempre de acordo com a fonte, agora, em razão do cenário de recessão que o país experimenta, a tendência é o encerramento das atividades de algumas delas. “No estado registrou-se processo de fusão e aquisição de faculdades que se tornaram pouco conhecidos da população. Agora uma faculdade com mais de mil alunos terá muita dificuldade para sobreviver”, acrescentou a fonte.
TRANSTORNO
A fonte ouvida pela coluna disse mais: o fato do FIES ter reduzido o volume de recursos para financiamentos, que acabou por limitar a oferta de vagas. Para muitas instituições rondonienses “isso se constituiu num transtorno violento”.
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NOVOS ALUNOS
Também se afirmou que o aumento das taxas de juros gerou motivos suficientes para “o impedimento do ingresso de novos alunos nas faculdades. Os recursos que as faculdades tinham eram investidos em infraestrutura. Estas instituições acreditaram no projeto do governo e se desestabilizaram. Se perdurar esta situação haverá sérios transtornos nos próximos anos para o ensino Superior”, acredita nossa fonte.
SELVA
A situação de insegurança da cidade de Buritis mostrada na televisão revela como a vida vem se deteriorando em todo o estado de Rondônia. Tem sido cada vez mais comum o envolvimento de prefeitos, vereadores e outros agentes públicos no interior com a corrupção. Por outro lado, no caso de Buritis, além da enorme corrupção política, aumentou assustadoramente os crimes de homicídios e os casos de consumo e venda de drogas.
Como se vê, vivemos cada vez mais numa selva, onde ter vida com o mínimo de civilidade e conforto está se tornando impossível.
RETORNO
Não mudou nada no caso que levou à cadeia e ao afastamento da prefeitura de Ouro Preto do Oeste o político Alex Testoni. E mesmo assim, como tem sido praxe nesse Brasil, ele retornou ao cargo de prefeito apupado pelos ouropretenses que, pelo visto, parecem esquecidos de seu envolvimento no escândalo da maracutáia conhecida como “Espaço Alternativo”, aqui em Porto Velho, onde esse que governa (bizarramente) o estado rondoniense mesmo cassado pela Justiça Eleitoral queimou uma baba preta do erário de forma totalmente irresponsável.
Sobre o retorno de Alex, tem muita gente daquele importante cidade às margens da BR364 gritando “Vade retro!”.
IMPUNIDADE
Como a impunidade ainda continua sendo praxe em nosso estado (como de resto, no Brasil), acaba gerando cinismo. Certamente, o prefeito Testoni (que sempre gostou de posar de aríete da corrupção, quando foi deputado) deverá repetir o velho discurso dos criminosos de hoje: “Peço perdão, peço desculpas. Não foi por querer”. E diante da impunidade que domina esse país é até capaz de colar.
PERDA DO SONO
O bizu de que a polícia vai estourar uma nova operação em Rondônia continua correndo. Muitos estão perdendo o sono, principalmente depois do bizu colocar como alvo alguns políticos (até um ex-deputado) envolvidos principalmente em tramoias ambientais e, pelo que se falou, outros camaradas que sem ser Midas ficaram riquíssimos muito rapidamente.
MALAS PRONTAS
Há pouco mais de um ano das eleições pelo menos uns oito vereadores, segundo fonte, estão de malas prontas para ingressar em novos partidos. Uma parte deles comete um erro tático: estão seguindo arranjos no tabuleiro orientados pelo chefe do Executivo Municipal. Todos topando encarar novos partidos para assegurar que em 2016 sejam reeleitos.
FRIA
Tem gente dizendo o contrário, mas o que se vê é que a pré-campanha da eleição na OAB-RO, que deve acontecer em novembro, ainda está em clima frio. Muitos advogados rondonienses insatisfeitos com a perda de protagonismo da entidade no cenário da política estadual estão mostrando desinteresse eleitoral num processo onde, até agora, não surgiu nenhuma opção de concorrência em torno do comando da entidade.
BRAVATA DA CUT
Não é à toa que a CUT vem perdendo sindicatos nos últimos anos para outras centrais sindicais. A CUT é um braço do PT e coloca as questões políticas na frente da defesa dos trabalhadores que deveria representar. É claro que se trata de uma bravata inconsequente. Duvido que os trabalhadores de sindicatos ligados à CUT estejam dispostos a qualquer radicalismo, nem falo do absurdo de pegar em armas “entrincheirados nas ruas”, como pediu o presidente da CUT, Vagner Freitas. E o PT, o que acha desse absurdo? E a mídia rondoniense que abre espaço para o tal Itamar da CUT? Quem cala, consente. O pior é que essa ameaça vem na véspera dos protestos, marcados para o próximo domingo. Fica clara a tentativa de intimidação. É intolerável esse tipo de postura numa democracia.
COMEMORAÇÃO
O governo petista de Dilma termina essa semana com motivos para comemoração. A contraofensiva do governo com Dilma, Temer e a participação de Lula conseguiu avanços na relação com o Congresso. Se irão perdurar por muito tempo, aí é uma incógnita, a política muda a todo o instante. Há uma semana se tratava o impeachment como inevitável, hoje está mais distante, o que não quer dizer que esteja sepultado. Além disso, o governo conseguiu na prática adiar o julgamento das contas de 2014, o que lhe dá mais tempo para negociar com o Congresso. Isso sem falar na decisão do STF de que o julgamento das contas no Congresso será em sessão conjunta, presidida por Renan Calheiros.
A RUA E A CANETA
Mas amanhã tem uma pedra. Estão marcadas para o domingo (16) manifestações de protesto em mais de uma centena de cidades do país. A dimensão das manifestações dirá se será uma pedra ou um pedregulho no caminho do governo. Pela movimentação nas redes sociais diz-se que a mobilização é menor do que em 15 de março. Vamos esperar domingo. No Palácio do Planalto vão cruzar os dedos.
Sempre disse que não se podia subestimar a caneta de Dilma, que tem tinta, cargos e verbas, o que em momentos de crise sempre funciona como boa moeda de troca para muitos deputados e senadores descontentes
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