FILOSOFANDO
“No Brasil de hoje, os cidadãos têm medo do futuro. Os políticos têm medo do passado”. Chico Anysio (1931/2012), humorista brasileiro.
DU-VI-DE-O-DÓ
É cada vez mais intenso o diz que me diz sobre o retorno do famigerado ex-prefeito Roberto Sobrinho à disputa eleitoral no próximo ano, para “retornar” ao comando de Porto Velho nos “braços do povo”. Como acreditar nisso.
Personagem dessa espécie política não cola mais. O petismo como foi praticado por esse ex-prefeito, sempre inspirado nos ícones do tipo Zé Dirceu, acabou de forma abrupta aqui em Rondônia e não tem como viver o milagre da Fênix.
E tem mais: a população de Porto Velho em sua maioria mostra-se pronta para esconjurar a “esquerda” desse time opressor que sempre falou em nome do povo a quem abandonou depois de chegar ao poder. Ficou claro que utilizaram o poder apenas para o enriquecimento próprio, de familiares e dos cupinchas facilmente identificáveis.
ESTÍMULO
Petralhas defendem o retorno de Bob Ali Babá Sobrinho à Prefeitura de Porto Velho por estarem convencidos de que o fracasso da gestão de Mauro Nazif é tão grande que poderia, hipoteticamente, abrir alguma chance para o retorno daquele período em que a cidade foi revirada de ponta-cabeça em todos os sentidos negativos, inclusive com a criação da ainda persistente manada de elefantes brancos que Mauro, com sua pachorra, foi incapaz de exterminar.
Certamente o retorno do facinoroso personagem à prefeitura da capital é só uma ideia natimorta. O partido do ex-prefeito está tão desmantelado como ficou Porto Velho após os 8 anos da gestão petralha. Ambos (cidade e partido) entraram no clima de falência graças à incompetência e à corrupção adota como sistema de governo. Tudo isso sem levar em conta a resistência que o tinhoso deverá encontrar no nível da Justiça Eleitoral que conhece bem sua folha corrida.
TOLERÂNCIA
Como justificar a preferência da maioria dos deputados estaduais pelo sepultamento da CPI da Evasão Fiscal? Afinal, não pega bem para um Casa com obrigação constitucional de fiscalizar as contas públicas assumir, publicamente, uma tolerância desse tamanho. Aliás, noutros tempos essa estória de “casa de tolerância” era algo que cheirava mal.
Mas também não basta deputados contrários ao sepultamento da CPI simplesmente praguejar, mesmo sendo minoria. O direito da minoria, quando relevado pelos “tycons” do poder, deve motivar uma ação na Justiça contra essa violência. Pelo visto os exemplos do cenário de erosão da política nacional não estão sendo convenientemente avaliados pelos nossos representantes no parlamento estadual. Os deputados dessa legislatura estão perdendo uma grande oportunidade de fazer a diferença para o bem em relação às legislaturas passadas. Da pena, de verdade, de Rondônia e de sua gente. O negócio é esperar (quem sabe) o predomínio do bom senso entre a maioria daqueles que nos representam.
TAPETE
A deputada Glaucione, do PSDC de Cacoal, já tem motivos de sobra para saber o tamanho da barreira a ser enfrentada se não arredar o pé de seu projeto na disputa da prefeitura daquele município. Ela tomou conhecimento do telefonema de um “muy” amigo companheiro de parlamento pedindo a um figurão da base governamental “a criação de obstáculos” para a caminhada política da parlamentar da “Capital do Café”.
Glaucione não deverá desistir da disputa. No momento, reconhecem analistas políticos cacoalenses, ela lidera todos os índices da preferência popular.
CADÊ?
Após o período de férias continuo recebendo o montão de factóides fabricados pela manjada assessoria de comunicação de Mauro Nazif, sempre com o objetivo de vender a imagem de uma cidade que só existe na propaganda paga com o dinheiro público.
Andei pela cidade nesses três últimos dias e, reafirmo, Porto Velho parece tão abandonada como antes. Completamente diferente daquilo que vimos lá fora. A capital rondoniense, com essa gestão (???) não tem a menor chance de ser transformada num polo de turismo nem mesmo regional. Só na cabeça pequena de alguns próceres do governo municipal está havendo desenvolvimento em Porto Velho.
COSTELA DE VACA
Nossas ruas são, em sua maioria, como costelas de vaca. Nem sei como um secretário municipal tem coragem de aparecer na televisão (como aconteceu ontem) para garantir mais uma vez que “a rua paralela ao Atacadão” será finalmente arrumada. A situação de abandono daquela via tem sido registrada pela coluna há mais de um ano.
Aqui é assim: Quando há asfalto e os buracos são tapados, fica desnível no leito carroçável. Repetindo-se à exaustão, fazem do trafegar pelas ruas da capital um exercício de resistência do veículo e do fígado do condutor.
PARA AS CALENDAS
É difícil de acreditar, no entanto é essa a verdade. Os gestores dessa desamada cidade são tão lerdos que até hoje (quando o mandato de Nazif aproxima-se do fim) que doze anos depois as obras da José Vieira Cahulla ainda não foram terminadas. O que se torrou de dinheiro público naquele local não está escrito em gibi nenhum. Nem por isso alguém foi punido ou devolveu dinheiro para os cofres públicos.
E promessas continuam sendo feitas e nada é concluído. Esse é, entre tantos casos, o que ocorre com a questão do aterro sanitário, das ciclovias, do anel viário, etc, etc, etc.
SÓ DEMAGOGIA
Agora falam da sinalização de trânsito como se isso estivesse provocando uma revolução nesse segmento.
As vias de transito intenso estão sufocadas pelo estreitamento da pista, pelo exagerado número de semáforos e pela redução de velocidade. Tudo feito sem explicações ou justificativas técnicas que não sejam a demagogia populista que emana do gabinete do alcaide.
Porto Velho está na mão contrária à modernidade, à eficiência e ao desenvolvimento.
O prefeito, fascinado por ideias militaristas, transformou agentes de trânsito (mais parecidos como meros aplicadores de multas) em guardinhas fardados à moda do fascismo, com modelitos que remontam aos tempos de Mussolini na Itália da última guerra.
E continua faltando iluminação. As sarjetas, ruas, calçadas, imundas, quebradas, desniveladas.
INTELIGÊNCIA
Andei e continuo procurando, sem encontrar, algo que se possa dizer: aqui tem de fato a existência de vida inteligente vindo da municipalidade. Nada…
A cidade é um deserto, um cemitério de ideias, planejamento, atitudes, enquanto atina no imobilismo populista de uma visão tacanha da Capital. E mesmo assim, esse prefeito mais parecido a uma caricatura ainda almeja reeleger-se.
Precisamos de candidatos sérios, capazes de por ponto final em tanta decadência, como hoje se vê em todos os lados do próprio centro de Porto Velho.
Que venha em 2016 alguém capaz de dar a grandeza que Porto Velho e seu povo merecem.
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