ASSIM FALOU MILLÔR
“Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”. Millôr Fernandes foi jornalista, autor teatral, cartunista e pensador, com passagem nos maiores veículos de comunicação do país.
NOVA OPERAÇÃO
Uma fonte esclareceu. O silêncio assustador, denso, que se podia sentir ontem em espaços da política rondoniense tinha uma justificação: o cheiro de uma nova mega operação policial pronta para ser lançada em Rondônia com o objetivo de desvendar outros ângulos da corrupção no estado que, mesmo após tantas investidas dos MPs e das polícias ainda continua monumental.
A coluna aconselha aos personagens metidos a espertalhões que mantenham uma mala com o básico para o momento em que a polícia bater às suas portas para cumprir novos mandatos. O que tem de gente exercendo o poder político em Rondônia acreditando na impunidade não está escrito em gibi nenhum. Como todos bandidos deixam rastros, tem muitos “políticos” correndo o risco de não terminar o mandato.
RONDÔNIA QUER MUDANÇAS
Na coluna de terça-feira uma observação (de pouca profundidade, concordo) sobre os motivos dos elogios feitos ao governo rondoniense pelo deputado Maurão de Carvalho na abertura das atividades do parlamento após o recesso do 1º semestre, aventava a possibilidade de um acordo do parlamentar para ser recebido no PMDB como o candidato do partido na sucessão de 2018. Afinal, ser governador rondoniense é o grande projeto político do atual presidente da Assembleia.
Ontem uma fonte confirmou que a coluna tem razão: o PMDB – sem nomes até para a disputa da prefeitura no próximo ano – está fazendo tudo para atrair Maurão.
ELE SABE DISSO
Então está claro. O presidente da Assembleia, com sua longa militância política, sabe que a população rondoniense quer mudanças em 2018. Mudanças capazes de restituir Rondônia aos rondonienses. E assim deve saber que suas chances de ganhar uma disputa desse nível só irá acontecer se ele se tornar um nome capaz de colocar Rondônia nos trilhos, garantindo a restituição de respeito e honestidade ao governo estadual. Elogiar o governo que ai está e esse sistema medíocre é quase como afrontar a vontade de mudar expressa nas ruas, é quase como desconhecer que Confúcio só está governador, mesmo diante de uma condenação que cassou seu mandato.
APENAS UMA OPINIÃO
O colunista não tem nenhuma responsabilidade de assessoramento do atual presidente da Assembleia e nem tem qualquer motivo para ser contra os papagaios palradores à sombra do imenso chapéu da importante casa parlamentar do estado. Mas, cá para nós, quando alguém no desempenho de relevante cargo público passa a elogiar um governo (??) desmoralizado como esse do PMDB, o que se constata é o menosprezo da inteligência do povo. E nem precisa ser entendido no manejo da análise política. Basta ter memória, lembrando que Confúcio só foi cassado por que os membros togados do Tribunal ficaram convencidos de que ele e seu vice são produtos de uma avassaladora fraude eleitoral.
LEGADO
Finalmente um parlamentar estadual parece interessado em saber o que aconteceu com o legado das hidrelétricas para o estado e para a capital rondoniense.
Afinal, as hidrelétricas estão ai e a pergunta é para onde foi esse legado? Pelo visto ou foi parar nos bolsos da meia dúzia de sempre dos políticos de goela grande e nos bolsos de amigos dos governantes acostumados aos contratos de obras superfaturadas ou, como se diz popularmente, o gato comeu. Até agora tudo o que rolou sobre esse assunto não foi mais do que palavras sem nenhum efeito prático.
CHAPA BIZARRA
É cada uma que a gente tem de ouvir sobre a sucessão municipal do próximo ano que chega a revirar o estômago. Esse pessoal trata Porto Velho como se a cidade ainda fosse um mero acampamento de garimpeiros ou de peões, onde as simbioses mais estapafúrdias pudessem acontecer eternamente.
Mauro Nazif já demonstrou ser capaz de qualquer em nome para chegar e manter-se no poder. Se no passado aliou-se a Carlinhos Camurça e aceitou caminhar com Ruth Morimoto (sem ter qualquer identidade com os mesmos), por que não iria aceitar nesse ano ter do seu lado uma figura macunaímica como esse vereador Jair Montes?
Nazif pode até não ser nenhum paradigma de inteligência, mas também não é imbecil como alguns possam imaginar. Não teria como explicar numa campanha aliança tão bizarra.
ÁGUIAS
São vários os nomes apontados até o momento como prováveis concorrentes à sucessão de Mauro Nazif. Muitos não passam de especulação, mas entre eles existem “os águias” da política, como é o caso de Odacir Soares, nome praticamente certo no cenário da disputa do próximo ano (aliás, a coluna foi a primeira que revelou a disposição de Odacir nessa disputa).
Há também nomes impolutos até agora no cenário político dispostos a lutar pela prefeitura da capital, como é o caso do Edgar do Boi, presidente do PSDC no estado.
Nomes desse naipe adorariam ver o prefeito Mauro disputando um reeleição com um vice doidivanas como Jair Montes.
TRAGÉDIA
Pessoalmente o prefeito Mauro Nazif não tem salvação política. Ao contrário de tirar a capital do abismo a que foi jogada pelo ex-prefeito do PT, o ex-deputado federal do PSB Nazif jogou a cidade ainda numa mais tenebrosa crise, especialmente por ter deixado correr frouxo o método do “tutti en famiglia” adotado nos cânones da Gamorra.
Se a “oposição” não for tão ruim (como tem sido praxe no estado) Mauro Nazif será mais um personagem de uma tragédia tão visível para quem acompanha de perto essa gestão fracassada em praticamente todos os sentidos.
DEVERAS DIFÍCIL
E para fechar, podemos ver a questão do vice de Mauro para a reeleição por outro ângulo. Não deverá ser muito fácil para o prefeito achar algum político de boa representatividade disposto a compor sua chapa. Afinal, o velho político do PSB vai terminando seu mandato como alguém que não sabe governar aberta e democraticamente. Até parece que não tem vice. Depois do que aconteceu com o vice Dalton di Franco, com quem não se encontra e nem se comunica mais quem, pergunto, terá coragem de ser vice desse homem que quer o poder só para ele?
DITADOR
Age como ditador em questões de grande impacto, como a da substituição dos operadores do sistema de transporte coletivo, indo contra a maioria dos vereadores e até contra o Tribunal de Contas do Estado.
Tudo indica que está fulminado pela opinião pública embora tenha conseguido através de decisão do TJ munição para continuar nessa insana decisão de entregar a uma empresa totalmente desconhecida do setor de transporte essa mina de ouro que é a exploração do transporte público rondoniense.
A polícia vai se candidatar? Adondi puliça cumpre “mandato”? Daaaaaaaaaaaarrrrrrr. Bjinhos de luz!