Shinzo Abe sofre de uma doença intestinal inflamatória e decidiu deixar o governo para continuar o tratamento
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, renunciou nesta sexta-feira (28) ao cargo devido a problemas de saúde, encerrando um período à frente da terceira maior economia do mundo, durante o qual ele procurou retomar o crescimento, reforçar a defesa e impulsionar seu perfil global.
Em entrevista coletiva, o primeiro-ministro pediu desculpa aos japoneses por não conseguir concluir o mandato e afirmou que não há uma data exata para deixar o cargo.
Shinzo Abe não queria causar problemas ao se demitir repentinamente, mas sua condição havia reaparecido e estava em risco de piorar, informou a agência de notícias Jiji.
A renúncia irá desencadear uma corrida pela liderança no Partido Liberal Democrático, e o vencedor deve ser formalmente eleito no parlamento. O novo líder do partido manterá o cargo pelo resto do mandato de Abe.
Quem quer que ganhe a votação do partido provavelmente manterá as políticas de Abe enquanto o Japão luta contra o impacto do novo coronavírus, mas pode ter problemas em repetir a longevidade política de Abe.
Longevidade no cargo
Na segunda-feira (24), Abe, que estava no cargo desde 2012, ultrapassou o recorde de mais longo mandato consecutivo como premiê estabelecido por seu tio-avô Eisaku Sato há meio século.
A renúncia de Abe também ocorre em meio a um ambiente geopolítico incerto, incluindo uma intensificação do confronto entre os Estados Unidos e a China e antes da eleição presidencial dos EUA em novembro.
FONTE: R7, com Reuters
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