TEMPO DE GREVE
Está aberta a nova temporada de greve nos vários segmentos do setor público. Pelas informações distribuídas aos jornalistas, até engenheiros da Eletrobrás Distribuição Rondônia (leia-se Ceron) estarão no movimento paredista. Aliás, enquanto as outras categorias devem começar a paralisação a partir do dia 1º abril, os sindicalizados do Senge já entram no paro logo no dia 30.
Não se sabe por que a parte mais significativa dos servidores dispostos a iniciar a primeira greve desse ano escolheu exatamente o “dia da mentira” para deflagrar o movimento.
BRAÇO PETISTA
Dizem que essa é orientação emanada da CUT. Desse jeito, o movimento paredista já começa meio desacreditado e perde força. A CUT, por sua total ligação com o PT, agindo como um dos braços do lulismo está perdendo seu poder de influência. Esse parece ser o momento para que o os trabalhadores rondonienses comecem a questionar o sectarismo existente na política sindical das maiores organizações, onde ainda se faz o proselitismo do PT, quando está cada vez mais claro que o partido perdeu o domínio das ruas.
É DO BARALHO
O buraco, como se vê, é mais embaixo nessa tal “Pátria Educadora”. O corte no orçamento federal já afeta as atividades que serão desenvolvidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A contagem da população brasileira prevista para o próximo ano foi cancelada “em razão de contenção orçamentária”, afirmou a direção em comunicado interno. A última contagem foi realizada no Censo de 2010. Como não há nova previsão, é possível que o estudo só venha a ser feito no Censo de 2020.
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FUNDOS DE PENSÃO
Cairá Dilma, Lula, toda a corja aliada e corrupta, e o petismo continuará a dominar o maior caixa do país: os fundos de pensão da Petrobras, Caixa Econômica, Banco do Brasil e Correios e Telégrafos. No momento, aliás, o Postalis, o fundo dos Correios, onde nasceu a primeira denúncia que levou ao Mensalão, está querendo transferir uma dívida de 5,6 bilhões de reais aos bolsos dos brasileiros. O Postalis é uma entidade privada, administrada por funcionários dos Correios, e sua diretoria petista quer que o Tesouro Nacional (o nosso bolso fiscal) assuma a dívida.
No momento, quem vai pagar a conta são os carteiros brasileiros, essa gente que anda com chapéu de aba larga e costas ainda maior, nos trazendo notícias de lá, como já disse Fernando Brant.
É SAFADEZA
Certamente esta é uma palavra dura, mas bem apropriada para entender como o presidente da Câmara Municipal de Porto Velho pode autorizar o pagamento de diárias e passagens aéreas para seu motorista acompanhá-lo num desses eventos sem nenhuma importância para a representação política da cidade.
Jurandir Bengala (que não se perca pelo nome) é do PT. Chegou à presidência da Câmara por um desses caminhos transversos muito utilizados nos acordos políticos e, deslumbrado com o cargo para o qual não tem preparo algum cometeu uma excrescência política que não pode ficar sem punição da parte de seus companheiros e dos órgãos de controle, como são o TCE e o MP.
LATRINA
Pagar com dinheiro público a mordomia de ir a Belém para participar de um seminário (??) de “fortalecimento do legislativo municipal” da região norte, é de um caradurismo inominável. E levar junto o motorista – também pago com o dinheiro do contribuinte – e de uma besteira sem tamanho, isso se não fosse, como é, uma límpida quebra do decoro parlamentar.
Quem votou na escolha desse sujeito para dirigir o parlamento mirim, agiu exatamente como os eleitores que tiraram o tabaréu bengala da sua vidinha insignificante e o colocaram na casa da representação popular da capital rondoniense: ambos jogaram o voto na latrina.
DIGNIDADE
Estamos terminando o mês de março de maneira auspiciosa, mesmo num cenário de grandes incertezas políticas e econômicas tisnando o horizonte de todos os cidadãos-contribuintes-eleitores de Rondônia e do Brasil.
Ver cristalizada a vontade do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Maurão de Carvalho, de por um fim na farra fiscal patrocinada pelos governantes rondonienses a custas de rombos milionários na arrecadação de tributos todos os anos alimenta a esperança de que será possível resgatar a dignidade do povo rondoniense.
UNGIDOS PELA LUCIDEZ
Ver o (novo) deputado Laerte Gomes, entrar numa luta visando reduzir pela metade o volume dos cargos comissionados e em 30 por cento, o número de secretarias de estado demonstra que há entre os parlamentares atuais alguns ungidos pela lucidez, com a coragem de dizer que o povo não tolera mais ser massacrado por decisões calcadas na incompetência e na desonestidade do gestor.
É esse, certamente, o tipo de Legislativo sonhado pela população. Ações desassombradas como essas, em defesa dos verdadeiros interesses do povo, pode nos levar a momentos de transbordamento de alegria pelos votos dados a quem realmente buscará resgatar o digno papel da representação popular.
ESCOMBROS
O legislativo rondoniense sofreu nos últimos anos muitos reveses. Um número grande de ex-presidentes desse poder ou estão presos, ou na iminência de ir para o xilindró; ou ainda tendo de enfrentar uma longa fila de processos para acertar com a Justiça suas contas eivadas de rombos, falcatruas, etc.
Praticamente o deputado Maurão de Carvalho tem diante de si a incumbência de tirar dos escombros esse que é o mais importante poder do regime democrático.
DESTRUIÇÃO IMPEDIDA
O trabalho de reconstrução só será possível se o presidente tiver a contribuição da maioria de seus pares comprometidos com a decência do mandato parlamentar.
Se iniciativas como estas anunciadas na semana, jogando no lixo da história as decisões insustentáveis de um governo cada vez mais distante do compromisso de resgatar a economia e a competência da gestão, forem mais constantes, o Parlamento irá ajudar a soerguer um estado onde políticos chinfrins (que “doa milhões” a grandes conglomerados) nos embicam para a triste destruição.
TIPO CARANGUEIJO
Quem precisa manter o uso de remédios contínuos está assustado e não é para menos. No mínimo os remédios estarão mais caros a partir da próxima semana, com um reajuste que não será menos de 5,9, conforme estima a própria indústria.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy vai ter que fazer mágica para que o Brasil passe pela crise sem ter que enfrentar uma situação dramática. Aliás, muita gente acha difícil Levy suportar a pressão política por muito tempo. O fato é que não adianta sonhar porque 2015 será um ano em que vamos andar para trás, independente das medidas que o governo irá adotar. Pelo andar da carruagem além do aumento dos remédios, outras péssimas notícias (aumento do desemprego, da inflação e crescimento da recessão) servirão para azedar e muito as previsões de otimismo de que o Brasil voltará em breve aos eixos.
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