Rodrigo de Morais era delegado da PF em Juiz de Fora quando ocorreu o atentado a faca contra Bolsonaro e falou em inquérito do Caso Moro
O delegado da Polícia Federal Rodrigo de Morais, responsável direto pelas investigações do atentado a faca sofrido por Bolsonaro na campanha presidencial de 2018, afirmou em depoimento na tarde desta quarta-feira (20) que o segundo inquérito que investigou o crime e analisa possíveis conexões ou mandante continua em aberto.
Ele relatou ainda que várias linhas de investigação foram traçadas e exauridas, e que decisões da Justiça como a sobre o acesso ao celular do advogado de Adélio Bispo, prejudicou uma das linhas de investigação.
Morais relatou ainda no depoimento que Jair Bolsonaro nunca manifestou insatisfação com a condução da investigação nas duas ocasiões em que foi chamado a prestar informações sobre o caso ao presidente, todas na condição de vítima.
O depoimento foi feito na sede da PF em Brasília como parte das investigações das denúncias feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro contra uma tentativa do presidente Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal.
Mais cedo o superintendente da PF em Minas Gerais Cairo Costa Duarte também já havia prestado depoimento e afirmou que nunca chegou a ser cobrado pela Presidência da República por informações do “caso Adélio”.
Na tarde desta terça-feira (19) o diretor do departamento de Inteligência da Polícia Federal Claudio Ferreira Gomes também foi ouvido pela PF no inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e afirmou que Bolsonaro nunca solicitou detalhes sobre inquéritos diretamente ao setor.
O ex-superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro Carlos Henrique Oliveira de Sousa, também foi ouvido nesta terça. Foi o segundo depoimento de Oliveira, que pediu para prestar declarações novamente pela PF, onde revelou que foi procurado por Alexandre Ramagem, diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), antes deste ser escolhido como diretor-geral da PF, quando fez um convite para que Oliveira fosse diretor executivo da corporação.
Com estes depoimentos, há ainda a expectativa de que outros delegados federais e pessoas consideradas chaves na investigação para esclarecer as denúncias feitas pelo ex-ministro Sérgio Moro contra Bolsonaro devem ser feitas nos próximos dias.
Além disto, existe a expectativa de que o ministro Celso de Mello, do STF, libere a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, em que o presidente teria manifestado sua intenção de interferir na PF
FONTE: R7.COM
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