O Ministério das Relações Exteriores de Israel emitiu uma nota nesta segunda-feira (19) em que elogia a postura do procurador-federal Natalio Alberto Nisman, encontrado morto na noite de ontem (18).
“Um magistrado corajoso, de alto nível, combatente indefeso para a justiça que agiu com muita determinação para descobrir a identidade dos responsáveis pelo atentado contra a associação judaica Amia e seus patrocinadores”, afirmou o órgão.
Na semana passada, Nisman acusou tanto a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, como o ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman, de “decidir, negociar e organizar um plano de impunidade, e acobertar os foragidos iranianos acusados pela explosão, com o objetivo de fabricar a inocência do Irã”.
O procurador-federal era o principal líder das investigações sobre o atentado. O ataque à sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994 causou 85 mortes e deixou cerca de 300 feridos. – Governo não se manifesta O governo argentino não fez ainda nenhum comentário sobre a morte de Nisman, horas antes dele depor no Parlamento argentino.
Porém, o secretário de Segurança, Sergio Berni, afirmou que a presidente foi comunicada “de imediato” sobre a morte do magistrado. Já o chefe do gabinete presidencial, Jorge Capitanich, se limitou a confirmar um comunicado divulgado horas antes pelo Ministério de Segurança, no qual se explicam as circunstâncias em que o corpo do procurador foi encontrado. Capitanich comentou ainda que o procurador contava com “dez membros da Polícia Federal para sua custódia pessoal” e que parte desses homens foram com a mãe de Nisman para dentro de casa e encontraram o corpo. Porém, o chefe de gabinete não aceitou responder perguntas dos jornalistas.
Já Timerman não quis responder as perguntas dos repórteres enquanto estava saindo do aeroporto de Nova York, onde irá participar de uma reunião no Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta segunda. Ele só disse que soube da morte de Nisman através de uma mensagem SMS. (ANSA)
Fonte: Jornal do Brasil
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