Justiça

Hermínio critica submissão de deputados ao engavetar representações contra governo

O engavetamento dos requerimentos que pediam o afastamento do governador Confúcio Moura por crimes de responsabilidade, pela Comissão Especial criada para apurar as denúncias, foi objeto de protesto contundente do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho. O deputado repudiou as justificativas apresentadas de “falta de prazo e de provas”.

“Na verdade, à exceção do deputado Cláudio Carvalho, que votou contrário ao engavetamento, o que se viu foi mais uma lamentável demonstração de submissão ao governo pelos demais deputados membros da comissão. Ao invés de investigar, agiram como advogados de defesa. Poderiam ter a grandeza de aprofundar as investigações, mas preferiram o servilismo, agiram como lacaios”, disparou o deputado numa crítica direta ao relator da comissão, deputado Edson Martins, do mesmo partido do governador, o PMDB, além dos deputados Lebrão, Valdivino Tucura e Euclides Maciel, todos da base de sustentação do governo.

Hermínio ficou indignado com o desfecho, mas, resignado, admite que “já estava tudo acertado”. O presidente fez questão de prestigiar a sessão que votou o parecer do deputado Edson Martins, na esperança de demover os integrantes da decisão previamente combinada pelo engavetamento, mas não teve como influenciar. “É uma vergonha o que aconteceu. Quando os deputados foram envolvidos na Operação Apocalipse, conhecida por ‘Apocalixo’ por suas tantas trapalhadas conduzidas pelo então secretário de Segurança, Marcelo Bessa, todos deputados investigados foram punidos. Agora, quando se trata do governador ficam de joelhos. É nojento isso”, criticou Hermínio Coelho.

O presidente do legislativo questionou ainda um dos principais argumentos utilizados pelo relator, a “falta de provas”, para livrar a pele do governador. “A Polícia Federal e os Ministérios Públicos estadual e federal que conduziram as investigações viram consistência o suficiente para pedirem até mesmo a prisão do governador, que só não foi parar atrás das grades graças à ministra Laurita Vaz, do STJ, que temia pela governabilidade. Agora esses deputados, pelo que deram a entender, desacreditaram toda a prova produzida pelas instituições que apuraram os escabrosos casos de corrupção”, observou.

“Infelizmente, estamos num Estado em que toda sua estrutura administrativa e patrimonial está entregue nas mãos de pessoas sem nenhum pudor. Ainda bem que temos Deus, os Ministérios Públicos, Tribunal de Justiça e a Controladoria para não deixar que o mal se perdure”, afirmou esperançoso o deputado, principal referência da oposição ao governo, postura que tem lhe rendido dissabores. “Tenho recebido recados e temo pela vida de meus familiares. Afinal, tudo o que denunciamos vem sendo constatado pela Justiça e os resultados estão aparecendo com algumas prisões em curso”, acrescentou Hermínio Coelho.

 

Fonte: Assessoria ALE/RO

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