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Varejo recua 6,8% em 12 meses e tem a maior queda desde 2001

De setembro para outubro, comércio registrou retração de 0,8%, a quarta seguida, segundo o IBGE.

As vendas do comércio varejista brasileiro registraram a quarta queda seguida. No mês de outubro, em relação a setembro, o recuo foi de 0,8%, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (13).

No ano, o setor acumula queda de 6,7% e, nos últimos 12 meses, de 6,8% – o recuo mais intenso deste indicador desde 2001.

De setembro para outubro, o recuo do varejo nacional foi puxado pelos desempenhos das vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%); combustíveis e lubrificantes (-1,7%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,1%).

Por outro lado, melhoraram os resultados de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,8%), tecidos, vestuário e calçados (0,5%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,4%).

Um ano atrás

Já na comparação anual, o comércio teve baixa de 8,2%, com predomínio de resultados negativos. O que mais influenciou a taxa do comércio foi o segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que recuou 6,5%.

“Esse desempenho reflete a redução contínua da massa real recebida entre os trimestres encerrados em outubro de 2015 e em outubro de 2016. A essencialidade dos produtos comercializados nesse setor é o principal fator que explica o seu desempenho acima da média. Os acumulados foram de -3,3% no ano e -3,5% nos últimos 12 meses.”

Também recuaram as vendas de móveis e eletrodomésticos (-13,3%) e combustíveis e lubrificantes (-10,4%). “Em outubro, o desempenho desses três setores, juntos, respondeu por cerca de 70,0% da taxa global do varejo”, disse o IBGE.

Seguiram a mesma tendência tecidos, vestuário e calçados (-12,1%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-7,6%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-6,1%), livros, jornais, revistas e papelaria, (-17,3%); e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,7%).

Região

De setembro para outubro de 2016, o varejo vendeu menos em 15 estados, com destaque para Roraima (-1,9%), Piauí e Amapá (ambos com -1,7%). Cresceram as vendas do Acre (2,3%) e de Rondônia (1,7%).

Na comparação com o ano passado, o comércio da maioria dos estados também vendeu menos. As maiores quedas partiram da Paraíba (-18,7%) e do Amapá (-16,9%).

Carros e material de construção

O comércio varejista ampliado, que inclui os segmentos de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, recuou 0,3% de setembro para outubro. Em relação a outubro de 2015, a queda foi maior, de 10%. No ano, acumula baixa de 9,3% e, em 12 meses, de 9,8%. Em ambas comparações, os resultados foram influenciados pelas vendas de veículos.

Receita

A receita nominal de vendas recuou 0,5% frente a setembro, na mesma comparação, acumulando alta de 4,8% no ano e de 4,3% nos últimos 12 meses.

Fonte: G1

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