Sucesso no horário nobre interpretando Claudio, personagem da novela Império com vida sexual conturbada – é casado com mulher, mas se relaciona sexual e afetivamente com homens – José Mayer será um dos homenageados do programa Grandes Atores, que o Canal Viva exibe a partir do dia 22. A atração trará entrevistas com atores consagrados de diferentes gerações, de Lima Duarte a Lázaro Ramos, passando por Tarcísio Meira, Mateus Solano e Tony Ramos, entre outros – ao todo são 26 atores. “É um momento ótimo para mim. Quis muito fazer o Claudio, porque ele não é daqueles que imita as mulheres, sabe? Não é essa a realidade”, diz Mayer.
Que balanço faz do seu papel em Império?
Existe uma quantidade imensa de pessoas enrustidas, homens e mulheres e, por isso, valeu a pena quebrar o curriculum de machão sedutor. Certamente, é a primeira vez que se aborda dessa forma. Claudio foge da abordagem clichê, ele é o homossexual no seio da família. Isso remexe, e a TV preza pelo conceito da família. É bacana sacudir, atentar o espectador em relação ao tema.
Ficou com medo da fama de eterno machão ser abalada?
Não fiquei. É claro que essa fama é legal, não tenho problema com isso, mas é bom se rebelar contra o estigma e buscar outras coisas. Acho que sou mesmo um representante do homem comum: brasileiro com o conjunto de fatores da masculinidade. A TV tem essa percepção, e acho curioso essa prateleira onde a Globo me botou, essa constância de escalações. Mas nos trabalhos recentes tento destruir essa imagem, romper mesmo.
Antes de ser ator você queria ser padre?
Sim. Entrei para o seminário de padres lá em Minas Gerais, minha formação veio dali. Torrei sete anos e meio da minha vida lá. Fiquei a adolescência ali, enganando os padres que queria ser como eles (risos).
Fonte: VEJA
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