WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá pedir conselhos à chanceler da Alemanha, Angela Merkel, sobre como lidar com seu homólogo russo, Vladimir Putin, disseram autoridades dos EUA nesta sexta-feira, quando os dois líderes se reunirem na semana que vem, depois de discordarem às vezes nos últimos meses.
Merkel irá se encontrar com Trump na Casa Branca na terça-feira para conversar e depois os dois farão uma coletiva de imprensa conjunta, o que será sua primeira reunião desde que o líder norte-americano tomou posse em 20 de janeiro.
Os dois devem debater o nível dos gastos de defesa da Alemanha com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o conflito na Ucrânia, os refugiados sírios, a União Europeia e uma série de outros temas, disseram três funcionários de alto escalão do governo Trump.
Durante a campanha presidencial de 2016, Trump criticou Merkel com frequência por sua política de portas abertas aos refugiados, contrastando-a com o que prometeu serem controles mais rígidos em seu país se vencesse a eleição. Já Merkel tem sido uma das maiores críticas dos esforços de Trump para proibir a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana nos EUA, uma lista que desde então diminuiu para seis.
“Minha expectativa é que eles terão um encontro muito positivo e cordial”, opinou um dos funcionários, que falou sob condição de anonimato.
Trump vem expressando há tempos o desejo de relações mais calorosas com a Rússia, mas alguns dos principais integrantes de seu gabinete estão céticos.
“O presidente estará muito interessado em ouvir as opiniões da chanceler sobre sua experiência de interação com Putin”, disse outro funcionário. “Ele estará muito interessado em ouvir suas impressões sobre como é lidar com os russos.”
Trump também irá pedir que Merkel o aconselhe sobre o papel mais útil que os EUA podem desempenhar nos esforços diplomáticos em andamento para resolver o conflito no leste da Ucrânia, no qual forças ucranianas enfrentam separatistas apoiados por Moscou.
Fonte: Reuters
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