Segundo mandado de busca, ex-presidente dos EUA teria levado da Casa Branca documentos confidenciais
A Procuradoria-Geral dos Estados Unidos pediu a um juiz que permitisse a operação de busca e apreensão na mansão de Donald Trump na Flórida alegando uma possível violação da Lei de Espionagem por parte do ex-presidente por suposta retirada de documentos confidenciais quando ele deixou a Casa Branca.
Essa informação consta no mandado de busca e no inventário do que foi apreendido na operação que o FBI realizou na última segunda-feira (8) na mansão de Trump em Mar-a-Lago. O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, pediu que esses dados fossem retirados de sigilo, e o próprio ex-presidente não se opôs.
Entre os documentos apreendidos estavam 26 caixas, cada uma etiquetada com um número, assim como várias pastas de documentos e fotos com as inscrições “top secret” ou “confidencial”.
Entre eles está um documento intitulado “presidente da França” e outro sobre o pedido de indulto a Roger Stone, um ex-conselheiro de Trump, assim como numerosos documentos confidenciais sem descrição.
O mandado aprovado pelo juiz Bruce Reindhart, de Palm Beach, foi assinado em 5 de agosto, três dias antes da operação, e dava ao FBI um prazo até 19 de agosto para realizá-la.
O mandado enumera o que o FBI poderia apreender: quaisquer documentos ou caixas marcados como “classificado”, qualquer indicação de transmissão de dados ou informações de segurança nacional e quaisquer arquivos presidenciais criados entre 20 de janeiro de 2017 e 20 de janeiro de 2021, o período em que Trump esteve no cargo.
Eles também poderiam procurar qualquer evidência de destruição de documentos presidenciais.
O mandado detalha as características de Mar-a-Lago, uma mansão com “aproximadamente 58 quartos e 33 banheiros” localizada em uma propriedade de 6,8 hectares e onde eles também poderiam procurar o “escritório 45”, em alusão ao número de Trump como presidente na história dos EUA.
A residência de Donald Trump foi revistada na segunda-feira em meio à investigação do FBI sobre um suposto roubo de documentos pelo ex-presidente.
Ontem, Garland explicou que autorizou pessoalmente a decisão de solicitar o mandado de busca e pediu ao juiz que o tornasse público após vários dias de críticas de políticos e eleitores do Partido Republicano, de Trump, que acusaram o governo do presidente Joe Biden de perseguição política ao empresário e ex-mandatário.
FONTE: AGÊNCIA EFE
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