Trump disse aos jornalistas a bordo do avião presidencial Air Force One que “gostaria que (os palestinos) vivessem em área onde possam viver sem tanta perturbação, revolução nem violência”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou na segunda-feira a vontade de transferir os palestinos de Gaza para locais “mais seguros”, como Egito ou Jordânia, e informou que se reunirá em breve com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Washington.
Trump disse aos jornalistas a bordo do avião presidencial Air Force One que “gostaria que (os palestinos) vivessem em área onde possam viver sem tanta perturbação, revolução nem violência”.
No sábado, o presidente americano citou um plano para “limpar” a Faixa de Gaza, com o envio dos palestinos ao Egito e Jordânia para conseguir a paz, uma ideia rejeitada no mundo árabe.
“Quando você olha para a Faixa de Gaza, tem sido um inferno por tantos anos… Acredito que as pessoas poderiam viver em áreas muito mais seguras e possivelmente muito mais confortáveis”, declarou na segunda-feira.
Questionado sobre se ainda acredita em uma solução de dois Estados, um israelense e outro palestino, Trump disse que conversará com Netanyahu em breve. “Ele está vindo aqui para se encontrar comigo”, disse.
Trump conversou nos últimos dias com o rei Abdullah II da Jordânia e com o presidente do Egito, Abdel Fatah al Sisi, que rejeitaram a ideia da transferência dos palestinos para seus territórios.
Quase todos os 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra, iniciada com o ataque sem precedentes do Hamas ao território israelense em 7 de outubro de 2023.
Uma trégua entre as partes inclui uma fase inicial de seis semanas, durante a qual 33 reféns retidos em Gaza devem ser libertados em troca de quase 1.900 prisioneiros palestinos.
Durante a primeira fase, estão previstas negociações para as modalidades da segunda fase, que deve permitir a libertação dos últimos reféns.
A última etapa deve iniciar o processo de reconstrução de Gaza e a devolução dos corpos dos reféns que morreram em cativeiro.
FONTE: AFP
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