Conflito no país mergulhou os iemenitas em uma profunda crise humanitária, segundo a ONU
Mais de cem prisioneiros de guerra viajaram nesta segunda-feira (17) da Arábia Saudita para o Iêmen, após a troca de 869 detidos neste fim de semana em uma operação que relançou as esperanças de paz no país, anunciou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Dois aviões do CICV, com 48 prisioneiros cada, partiram para Sanaa e outros oito detidos voaram para Aden, a grande cidade do sul onde fica a sede do governo do Iêmen.
O conflito começou em 2014, quando os rebeldes houthis, que vivam no norte, tomaram a capital, exilando o governo reconhecido internacionalmente e mílicias locais para o sul.
Esta operação “unilateral” é independente da troca de prisioneiros realizada entre sexta e domingo, disse Jessica Moussan, porta-voz do CICV, à AFP. “Saudamos esta iniciativa e estamos felizes que considerações humanitárias estejam sendo levadas em conta com o objetivo de reunir as famílias”, comentou.
A troca de detidos ocorreu como parte de um acordo concluído em março na Suíça entre o governo do Iêmen, apoiado por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, e os rebeldes Houthi, apoiados pelo Irã.
É a troca mais importante desde a libertação de mais de mil prisioneiros em outubro de 2020 e abre as portas para uma possível resolução pacífica de um conflito que mergulhou o Iêmen em uma profunda crise humanitária.
A guerra deixou centenas de milhares de mortos e milhões de deslocados, além de epidemias, falta de água potável e fome aguda, segundo a ONU. Nenhum dos lados obteve ganhos territoriais em anos, e apesar de alguns momentos de ‘cessar-fogo’, a trégua mais formal começou recentemente, em abril de 2022, acabando com os combates diretos.
FONTE: R7.COM COM AFP
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