Brasil

Transporte Público Municipal: Quem comanda o espetáculo – por Gladyston Leonello

“Os prefeitos mudam e os grupos que mamam continuam os mesmos, se metamorfoseando em cores e fachada”

Um dos negócios mais lucrativos e perenes em uma cidade é o transporte público. Trabalha-se a vista é paga-se tudo com prazo e desconto!

O domínio nesta área foi de um mesmo grupo por décadas em Porto Velho, mas nunca foi ideal. Não podemos culpar só as empresas que sempre prestaram tal serviço. A prefeitura nunca fez a sua parte, instalando pontos de ônibus descentes e muito menos melhorando as ruas da cidade.

Promover asfalto com interesses eleitorais e financeiros, não é e nunca foi solução para nada! Uma cidade plana, sem redes de escoamento de águas pluviais, não poderia ter a maioria das ruas asfaltadas. O efeito disso é que em várias partes da cidade, em qualquer chuva mais forte, há alagamentos, que invade casas,  comércios e prejudica a vida de todos.

O certo seria se asfaltar somente as vias principais e se bloquetear as transversais, garantindo assim a absorção da água pelo solo. Mas isso não dá dinheiro, poderia gerar empregos para confecção e assentamento e amenizar os alagamentos pela cidade.

Nesta madrugada de domingo, dia 10, houve um protesto dos funcionários das empresas que prestavam tal serviço e ficaram desempregados. Aqui, gostaria que algum expert me esclarecesse uma dúvida: Se antes com toda a antiga frota trabalhando, não atendia a demanda. Como o tal novo consórcio vai atender a contento, se a quantidade de ônibus é a mesma? Não seria do interesse de todos, se o novo consórcio tivesse, absorvido a maior parte do efetivo das antigas empresas? Eles já conhecem as rotas, problemas e outras delongas. Por que só absorver 20% do efetivo das antigas empresas? Será alguma acomodação política?

Pelo que sei o alcaide teve o cuidado de colocar cláusula que obrigasse a absorção da maioria de antigos funcionários. Por que não foi  cumprida? Dois tipos de prestação de serviços são os mais rentáveis em uma cidade, transporte coletivo e recolhimento de lixo e os dois já foram substituídos em nossa Porto Velho. Agora resta saber para beneficiar a quem e que o criador ilumine para que seja benéfico a quem é de direito; a população!

Como estamos em ano eleitoral, devemos ter bastante atenção e cuidado para que o infortúnio de 80% dos trabalhadores das antigas empresas, não seja usado como benefício eleitoreiro de ninguém! É muito comum na política brasileira, se criar a desgraça e depois ser o salvador da pátria!

Existe vários grupos com interesse de eleger o alcaide de Porto Velho em 2016. Mas nada irá mudar, se não tivermos um prefeito com mão de ferro e que tenha uma visão fechada na meritocracia, criatividade e economia. Os prefeitos mudam e os grupos que mamam continuam os mesmos, se metamorfoseando em cores e fachada. A retirada da concessão das antigas Rio madeira e 3 Marias, a meu ver nada mais do que um acordo de bastidores. Ainda mais para absorver os antigos ônibus das usinas, e como já ficou mais do que provado com a lava jato.  Existe uma promiscuidade sem fronteiras entre políticos e grandes empresas. Isso me fez lembrar da tal isenção de milhões, um estado novo com tudo a fazer, dar isenção de impostos já embutidos nas planilhas. Os tais milhões de compensações; Ninguém sabe, ninguém viu! Que Deus nos proteja e livre do mau intencionado e mau agradecido!

Gladys

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