Jovem deu depoimento na delegacia e foi recolhido ao Presídio Central da cidade. Investigado deve ser indiciado por porte de arma e homicídio, segundo o Delegado.
O suspeito de atirar e matar o uruguaio Matías Galindez Rodrigues em um posto de combustíveis de Ji-Paraná (RO), na Região Central, se entregou na 1ª Delegacia de Polícia Civil da cidade durante a tarde desta segunda-feira (17). O investigado deu sua versão para o crime e deve ser indiciado por porte de arma de fogo e homicídio.
Segundo o delegado Luiz Carlos Hora, responsável pelas investigações, o suspeito contou que a discussão começou após ele se negar a pagar uma cerveja à vítima, que teria dado um tapa no rosto de investigado.
Durante o depoimento, o jovem contou que teria sacado a arma e atirado contra o chão, para intimidar Matías. Porém, o uruguaio não teria ficado intimidado e o jovem realizou os disparos com a pistola de calibre 380.
O investigado foi preso preventimamente e recolhido ao Presídio Central de Ji-Paraná, e deve ficar detido até a finalização do inquérito policial. O jovem deverá responder por porte ilegal de arma de fogo e homicídio.
“Ele foi recolhido em prisão preventiva, deve permanecer assim até o final da instrução do inquérito. Ele poderá responder por homicídio simples, se essas qualificadoras não forem concretizadas, ou responder por homicídio qualificado e pelo crime de porte ilegal de arma de fogo”, explica o delegado.
Entenda o caso
O uruguaio Matías Galindez Rodrigues levou dez tiros na manhã do sábado (8), em um posto de gasolina no 1º Distrito, e morreu na madrugada do domingo (9), no Hospital Municipal de Ji-Paraná (RO). Segundo a PM, os tiros acertaram a região do tórax, abdômen e pernas da vítima.
Segundo testemunhas, a vítima e seu irmão estavam no posto de combustível quando uma discussão teve início entre o suspeito e o irmão da vítima, no interior da loja de conveniência. O suspeito saiu da loja, sacou uma pistola de calibre 380 e realizou cerca de dez disparos e depois fugiu em um carro de cor prata.
A mãe da vítima, chegou a Ji-Paraná na terça-feira (11) e não se conformou com a forma brutal que o filho morreu. “Ele era um artista, fazia o bem e nunca fez o mal. Uma pessoa de paz, tranquilo. Que demonstrava sua felicidade. Ele não merecia ter morrido assim. Por que ele era uma pessoa de paz e sofreu uma morte violenta, mas ele não era violento”, lamentou.
Comoção
Em apoio a família, a hashtag #juntospormatias tem sido compartilhada e protestos estão sendo marcados para se manistarem contra o crime em Goiânia (GO) e Buenos Aires, na Argentina.
Amigos do jovem fizeram diversas homenagens em suas redes sociais. Textos, fotos e desenhos estão sendo compartilhados na página do artista de rua. Uma praça em Canelones, cidade natal do jovem, foi batizada como ‘Plaza Matías Galindez’. A homenagem foi feita por amigos da vítima.
O corpo de Matías Galindez Rodrigues, de 28 anos, será cremado em Valparaíso de Goiás (GO) nesta semana. O Consulado Uruguaio emprestou dinheiro aos familiares para realizar o traslado e o serviço funerário. O corpo foi encaminhado até Brasília e, posteriormente, será levado para o município de Valparaíso de Goiás.
Fonte: G1
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