RIO -Ele saiu de casa há dois meses e não voltou mais. Dado como desaparecido, foi procurado pela polícia e a família, com anúncios circulando nas redes sociais. Apenas na tarde desta sexta-feira descobriu-se o trágico destino do advogado Fernando Félix Ferreira, de 30 anos. Ele foi morto e esquartejado por Silas Peixoto de Carvalho, um homem de 55 anos e aparência frágil, que lhe devia R$ 1 mil. Sem antecedentes criminais, Silas é porteiro do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, na Ilha do Fundão. Ele não ia ao trabalho desde 17 de junho — um dia após a prisão de um homem que sabia do crime e estava extorquindo dinheiro da família de Fernando, que pensava que ele havia sido sequestrado. Mas Silas estava escondido em um sítio em Xerém e confessou o crime aos agentes da Divisão de Homicídios da Baixada.
O próprio assassino levou os policiais ao local do crime. O cadáver estava em Duque de Caxias, no número 575 da Rua Maria José Machado. Agentes que foram ao local ficaram impressionados com a barbárie. Dividido em três pedaços, o corpo estava dentro de um saco de ração canina, enterrado em um terreno vizinho ao edifício do criminoso.
— Ele confessou todo o crime. Disse que matou o Fernando por causa dessa dívida de R$ 1 mil.
Marretada fatal
Segundo Cardoso, Silas contou que assassinou o advogado dentro da própria casa, após marcar um encontro com a vítima. O porteiro teria agredido Fernando com uma marretada na cabeça, antes de decidir serrá-lo em várias partes. O primeiro golpe teria sido fatal.
Fernando sumiu no dia 23 de maio, quando saiu de casa às 8h30m sem dizer que estava indo encontrar seu algoz. A família pensava que ele tinha ido fazer compras em um hortifruti, no Centro de Caxias. Às 11h, sua mulher começou a telefonar, mas o marido não atendeu as ligações. A família morava no Jardim Vinte e Cinco de Agosto, também em Caxias, a apenas quatro quilômetros de distância da cena do crime. Fernando não deve ter demorado mais de dez minutos para percorrer o trajeto.
O carro do advogado foi encontrado no mesmo dia do desaparecimento, na Rua Quintino Bocaiuva, a 500 metros do endereço de Silas. Sob o veículo foram encontrados o celular e a carteira de Fernando, com dinheiro e todos os documentos.
Fontes: http://extra.globo.com/casos-de-policia/suspeito-confessa-que-matou-esquartejou-corpo-de-advogado-sumido-desde-maio
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