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Sobe para 10 o número de mortos em chacina em presídio do Equador

O massacre ocorreu em Quito depois que a polícia tentou transferir um líder da quadrilha criminosa Los Lobos para a cadeia de segurança máxima de La Roca, localizada em Guayaquil

Pelo menos dez pessoas morreram na sexta-feira (18) em um novo massacre carcerário no Equador, ocorrido na prisão El Inca, em Quito, segundo o último relatório oficial sobre vítimas do SNAI (Serviço Nacional de Atenção Integral à Pessoa Privada de Liberdade), órgão estatal encarregado do controle penitenciário.

Inicialmente, o SNAI tinha feito um primeiro relatório com oito detentos assassinados, enquanto a Procuradoria-Geral havia confirmado uma contagem de nove cadáveres, razão pela qual abriu oficialmente uma investigação preliminar para esclarecimento dos fatos.

O massacre ocorreu depois que a polícia e agentes penitenciários intervieram na prisão para transferir um líder da quadrilha criminosa Los Lobos para o presídio de segurança máxima de La Roca, localizado em Guayaquil, capital da província costeira de Guayas.

A transferência deste preso, identificado como Bermúdez, foi anunciada horas antes pelo presidente do Equador, Guillermo Lasso, que o apontou como o responsável pelo massacre anterior, ocorrido em 7 de novembro na mesma prisão de El Inca, onde cinco prisioneiros foram mortos.

A procuradoria indicou que estão sendo realizados os procedimentos de remoção dos cadáveres, enquanto prossegue no local a operação das forças de segurança, segundo fontes do SNAI.

Nas imagens divulgadas pelo SNAI da operação de transferência de “Bermúdez”, os agentes subjugaram dezenas de reclusos que deixaram amarrados e deitados no pátio prisional para evitar que oferecessem resistência violenta.

Além de “Bermúdez”, Freddy Anchundia, líder da quadrilha R7, que junto com Los Lobos e outras similares disputam o controle interno, também foi transferido de forma simultânea da prisão de Santo Domingo de los Tsáchilas para La Roca.

Após a transferência de Anchundi, até o momento não há registros de ocorrências no presídio de Santo Domingo, que este ano foi palco de dois massacres cujos saldos foram de 44 e 12 presos assassinados, respectivamente. São essas gangues que estão por trás dos recorrentes massacres prisionais que o Equador registra desde 2020 e que até agora deixaram mais de 450 assassinados, mais de 100 deles somente desde o início de 2022.

Segundo o governo, essas gangues também são responsáveis pelas ações do crime organizado nas ruas, principalmente em cidades como Guayaquil.

Lasso afirmou inclusive que Anchundi está relacionado com os atentados ocorridos no início do mês em Santo Domingo de los Tsáchilas, um dos locais do território equatoriano onde foram registrados atentados premeditados contra as forças de segurança do Estado, que deixaram cinco policiais mortos.

O Executivo equatoriano considera que essas ações são uma resposta do crime organizado aos altos números de apreensões de drogas e às iniciativas empreendidas para que o Estado recupere efetivamente o controle dos presídios.

FONTE:  AGÊNCIA EFE

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Gomes

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