Durante reunião na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado o senador Ivo Cassol fez duras críticas em relação à privatização da rodovia. Os senadores foram informados que um estudo que vai embasar a concessão da BR-364 está sendo feito pela Construtora Sanches Tripoloni e prevê a duplicação escalonada da rodovia.
A rodovia é uma importante rota de escoamento da produção agrícola da região Norte e Centro-Oeste. Quando concluído, o estudo será submetido à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que
poderá sugerir a inclusão de novos trechos. Mas a duplicação total da rodovia em um primeiro momento está praticamente descartada, pois acarretaria um valor mais elevado a ser cobrado nas futuras praças de pedágio. Foi o que argumentou o secretário de gestão dos programas de transportes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Luciano de Souza Castro. Segundo ele, “se tratar a duplicação de forma generalizada, os preços de lançamento dos pedágios sobem. Se falarmos em duplicação geral, vai para o leilão com os preços de pedágio lá em cima” — apontou.
O processo de concessão da BR-364, no trecho entre os municípios de Comodoro (MT) e Porto Velho (RO), deverá ser concluído até o final de 2017 e as obras de duplicação iniciadas em 2018, conforme estimativa apresentada pelo Ministério dos Transportes. A orientação que foi dada pelo Ministério dos Transportes na questão da duplicação e das terceiras faixas é que elas sejam propostas conforme a necessidade do tráfego. A ANTT vai fazer a avaliação e ver se o estudo apresentado pela empresa é a melhor configuração.
Cassol deixou claro sua preocupação com a questão da manutenção do asfalto, pois na região Norte a questão das chuvas acaba interferindo na durabilidade do asfalto e na qualidade dos serviços e deixou claro que o Governo Federal tem sido incompetente para fazer a manutenção da rodovia. “A BR-364 tem trechos que precisam ser duplicados urgentemente, não dá para esperar mais. E o serviço feito pelas empresas na rodovia é de péssima qualidade, faz hoje e amanhã está desmanchando, o asfalto quebra inteiro, além da demora da burocracia e da falta de punição às empresas que não executam o que foi contratado. E se privatizar quem vai pagar a conta é o povo de Rondônia, o pedágio vai custar muito caro”, disse Cassol.
O presidente da Comissão de Infraestrutura, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), assegurou que o colegiado vai acompanhar de perto o andamento do processo de concessão da rodovia e fará novos debates para garantir que as obras de duplicação saiam do papel.
Bancada federal
No final da tarde da ultima quarta-feira (13) o senador Ivo Cassol foi com a Bancada Federal de Rondônia ao Ministério dos Transportes para reunir-se com o ministro Maurício Quintella Lessa, para tratar de reformas e duplicações das rodovias, principalmente da BR-364, a reforma do aeroporto de Porto Velho, para torná-lo aeroporto Internacional, a finalização da construção dos aeroportos de Cacoal, Ji-Paraná e Vilhena, assim como a inicialização do aeroporto de Ariquemes; e um pedido especial aos responsáveis presentes pelos aeroportos do país: o presidente da INFRAERO, Antônio Claret, o diretor dos Aeroportos João Maurício e o Presidente da ANATEC, José Ricardo, que aguardem o conserto do problema de emborrachamento na pista do aeroporto de Cacoal e não cancelem os voos para aquele aeroporto pois, uma vez cancelado, será muito difícil retornar. “Foi uma luta muito grande conseguirmos que o aeroporto de Cacoal se tornasse operacional e se os pousos e decolagens forem suspensos vai prejudicar muita gente que usa o serviço” explicou Cassol.
O senador Ivo Cassol reiterou uma parte do discurso da manhã na comissão de infraestrutura onde criticou os serviços das empresas contratadas e lembrou-se da urgência em se fazer a duplicação.
Fonte: Assessoria
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