Ex-ministro era contra pagamentos a sites alinhados com o Planalto, na contramão dos planos da Secom e de Carlos Bolsonaro, segundo fontes
A metáfora usada pelo governo para explicar a saída do ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência general reformado Carlos Alberto dos Santos Cruz foi a de um casamento que não deu certo e terminou em divórcio sem litígio .
Segundo fontes que acompanharam de perto a crise final, no entanto, um dos elementos-chave que levaram ao divórcio entre Bolsonaro e Santos Cruz foi o controle da comunicação governamental e a relação do governo com blogs e sites alinhados abertamente com o Palácio do Planalto.
A queda de braço decisiva para que o presidente terminasse optando pelo afastamento do general foi, de acordo com as mesmas fontes, com o chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Fabio Wajngarten, homem de confiança de Carlos Bolsonaro , filho do presidente e vereador no Rio.
As fontes confirmaram que Santos Cruz representava um obstáculo para vários projetos de Wajngarten, entre eles o de intensificar o financiamento de blogs e sites que defendem o governo.
“O racha final foi pelo controle da comunicação e principalmente pela intenção de uma ala do bolsonarismo liderada por Carlos de financiar meios ideologicamente identificados com o governo”, concluiu a fonte.
Em carta divulgada no início da noite de quinta-feira (13), Santos Cruz deixou claro que sai do cargo “por decisão” de Jair Bolsonaro. Ele fez agradecimentos e, no final, desejou ao presidente e familiares “saúde, felicidade e sucesso”. O general foi alvo de ataques da ala ideológica do governo , liderada por Olavo de Carvalho.
FONTE: IG
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