Quando a seleção equatoriana de futebol desembarcou em Viamão — na região metropolitana de Porto Alegre — ela estava lá junto com centenas de torcedores em um link ao vivo para uma emissora de TV do país em um frio de 15 graus. Na sexta-feira (13), quando o time chegou a Brasília, ela estava a postos de microfone na mão com os torcedores fazendo festa junto enquanto o ônibus com os jogadores entrava no hotel debaixo de um sol de quase 30 graus.
Na chegada ao estádio Mané Garrincha no domingo (15) — quando o Equador perdeu de virada da Suíça por dois a um — lá estava ela novamente, cercada de centenas de equatorianos, desta vez debaixo de sol mas com vento frio — a temperatura ficou em torno dos 22 graus. E assim será durante toda a primeira fase da Copa.
A ida e volta à cidade gaúcha onde a seleção latino-americana faz sua preparação acontece ainda até Curitiba (próximo jogo do Equador no dia 25 de junho, contra Honduras) e o Rio de Janeiro (quando os equatorianos pegam a França no Maracanã pela última rodada do grupo E). Nesta segunda-feira (16), o plantão na porta do CT (Centro de Treinamento) e do hotel dos equatorianos segue firme.
Se o time avançar na competição, a saga continua. Mariegiselle Carrillo, de 26 anos e musa do futebol na TV equatoriana, confessa que é cansativo, mas diz que faria o dobro para ver seu time campeão e, se os conterrâneos aguentam, ela aguenta também. “Fora isso, várias equipes de vários países fazem o mesmo, é o espírito da Copa”.
A apresentadora do programa esportivo “Código Futebol”, da TV Ecuavisa, mostra disposição e se desdobra. Com um estilo fanfarrão corre de um lado para o outro de salto alto, ri, pula, toca viola, chacoalha maracas, rouba o chapéu de torcedores, faz graça, caretas com os compatriotas e entradas ao vivo animadas e tumultuosas.
“Iremos aonde o time for”, explica. “Esta é apenas a terceira Copa do Mundo que o Equador participa, mas somos um povo absolutamente apaixonado por futebol”.
“Os equatorianos são torcedores muito fiéis e boa parte deles veio até aqui de ônibus, dirigindo”, diz. Ela conta que aos poucos conhece melhor os fãs, que normalmente tem chance de vê-la apenas na TV em seu país natal, e virando todos uma grande família.
“São algumas centenas de torcedores que estão seguindo a seleção, então aos poucos vamos conhecendo todos e vai virando tudo uma grande família”, afirma. “A Copa do Mundo no Brasil é uma bagunça maravilhosa”. Ela diz que está adorando a experiência de cobrir seu primeiro Mundial e gostando muito do país-sede.
Ela ficou impressionada coma comoção que a morte do ex-atacante Fernandão (que faleceu após um acidente de helicóptero em Goiás no dia 7 de junho), ídolo do Internacional, causou no Rio Grande do Sul. “A emoção das pessoas foi impressionante, fiz reportagens sobre o ocorrido. O envolvimento dos brasileiros com seus jogadores é enorme”.
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