Os brasileiros que serão resgatados na China deverão chegar ao Brasil já neste sábado (8) e ficarão em quarentena na base aérea de Anápolis (GO). O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, em entrevista no Palácio do Planalto.
Dois aviões partirão juntos para resgatar os brasileiros nesta quarta-feira ao meio-dia e a previsão é de chegar na China na madrugada do dia (6). O tempo em solo na China dependerá das autoridades chinesas e a chegada de volta está prevista para ocorrer na madrugada ou na manhã do sábado.
O hospital das Forças Armadas (HFA) em Brasília será usado para atendimento médico caso algum dos resgatados manifeste algum sintoma já em solo brasileiro. O governo reiterou que caso algum brasileiro apresente sintomas ainda na China, ele não será embarcado.
O Ministério da Saúde deve prosseguir com a operação de retorno dos brasileiros que estão na região da cidade de Wuhan, na China, que passa por um surto do novo coronavírus, mesmo que o projeto de lei enviado pelo governo federal ao Congresso não seja aprovado a tempo.
Em entrevista coletiva, integrantes do Ministério da Saúde mediram as palavras ao falar da questão para não melindrar os parlamentares. A previsão é que o embarque possa ocorrer já na sexta-feira desta semana, ou nos dias seguintes. Ao voltarem ao Brasil, eles passarão por uma quarentena de 18 dias.
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— Devemos estar preparados para as duas situações. Se for aprovado, ótimo, se não for aprovado, teremos as nossas alternativas — disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, que enfatizou que o governo não irá criar “nenhum tipo de pressão sobre o Legislativo” e de ter “convicção de que o tema terá prioridade máxima no Congresso”.
O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, também foi cauteloso ao comentar o tema. Ele mencionou leis e decretos já em vigor que tratam do assunto. Como exemplos, citou um decreto de 2011 sobre emergência de saúde pública, a lei de vigilância epidemiológica de 1975, o decreto que regulamenta a vigilância epidemiológica, de 1976, a lei de infração sanitária de 1977, o Código Penal de 1940, e um decreto da semana passada com a promulgação do reglamento sanitário internacional.
— Iniciamos hoje um processo que fica a cargo do Congresso Nacional. Nós vamos proceder como sempre fizemos em outras epidemias. Então acho que é uma discussão agora que cabe ao Congresso, a manifestação, o prazo, o que for necessário. Mas no âmbito técnico, não tem nenhuma implicação direta — disse Wanderson.
Na coletiva, no momento em que foi perguntado se a não aprovação do projeto de lei impediria o retorno dos brasileiros em Wuhan, o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Júlio Croda, balançou a cabeça de um lado por outro, indicando que não haveria impedimento.
FONTE: EXTRA
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