Mundo

Protestos por morte de negro se espalham pelos EUA

Milhares de pessoas protestaram pela segunda noite  seguida em Nova York, na ultima  quinta-feira, contra o não indiciamento do policial branco que matou um homem negro com uma “gravata” durante uma abordagem, em julho. Manifestações também aconteceram em outras grandes cidades americanas, como Chicago, Boston, Denver e na capital Washington DC.

Em um caso que provocou revolta em Nova York, um júri popular decidiu na quarta não julgar o policial responsável pela morte de Eric Garner. Suspeito de vender cigarros ilegalmente, Garner, de 43 anos, morreu ao ser contido à força por vários policiais. Um deles, identificado como Daniel Pantaleo, lhe aplicou uma “gravata”, procedimento proibido pela polícia de Nova York desde 1993. A abordagem foi registrada por uma câmera amadora. Nas imagens, Garner, obeso e asmático, reclama de não conseguir respirar durante o golpe.

Na segunda noite de protestos em Nova York, manifestantes bloquearam algumas das principais vias da cidade. Carregando caixões de papelão, cartazes dizendo “O racismo mata” e gritando o slogan “Eu não consigo respirar” – as últimas palavras ditas por Garner –, eles marcharam em diversas partes de Manhattan, como a Broadway e a ponte do Brooklyn, que chegou a ser parcialmente fechada, noticiou a rede CNN. Muitas mensagens nas passeatas faziam referência a Ferguson, cidade do Missouri onde o policial Darren Wilson, que matou a tiros o jovem negro Michael Brown, também foi isento de julgamento por um grande juri.
Apesar de os protestos terem sido em sua maioria pacíficos, a polícia usou spray de pimenta para dispersar a multidão no viaduto West End Highway. Na noite de quarta, 83 pessoas foram detidas durante os atos. A estratégia dos nova-iorquinos de deitar no asfalto para bloquear ruas e avenidas foi repetida por manifestantes em outras cidades americanas, como Boston, Chicago e Minneapolis.

Antes do começo da segunda noite de protestos em Nova York, o prefeito Bill De Blasio fez um apelo à calma, reafirmando o direito de manifestação mas lembrando que “a violência e a desordem são erradas e contraproducentes”. Na quarta, após a decisão do grande júri, o secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, anunciou que seu departamento efetuará uma investigação independente para determinar se houve violação de direitos civis no caso de Eric Garner.

 

Fonte: VEJA

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Gomes Oliveira

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