Manifestantes e agentes de segurança se enfrentaram nas maiores cidades do país durante os atos. Um jovem de 19 anos e um policial foram assassinados
Milhares de manifestantes protestaram, na sexta-feira (29), em algumas das maiores cidades dos Estados Unidos, como Nova York, Washington e Atlanta, contra a morte de George Floyd, um homem negro, após um policial branco, Derek Chauvin, se ajoelhar sobre o pescoço dele. Floyd permaneceu por, pelo menos sete minutos, sob o joelho do agende público na última segunda-feira em Minneapolis
Vários desses protestos tiveram confrontos e atos violentos. No centro de Atlanta, perto da sede da rede de televisão CNN, grupos de manifestantes começaram a quebrar vitrines de lojas, e a polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo
Alguns dos manifestantes jogaram pedras no prédio da emissora e, em meio à confusão, viaturas policiais que estavam estacionadas também foram alvos. Pelo menos dois carros foram incendiados
Durante as manifestações no centro de Detroit, no Michigan, um jovem de 19 anos foi atingido por uma pessoa que estava dentro de um carro e passou atirando contra a multidão. O rapaz morreu. Ainda não se sabe se o rapaz estava nos protestos ou não
Na Califórnia, nas manifestações de Oakland, perto de São Francisco, um policial foi baleado e morreu. Um segundo agente foi atingido e sobreviveu
Em Washington, uma manifestação que começou pacificamente acabou em confronto com policiais e agentes do Serviço Secreto em frente à Casa Branca. Pelo menos dois participantes foram presos
Em mais de uma ocasião, os manifestantes derrubaram algumas das barricadas montadas do lado de fora do complexo da residência presidencial, o que gerou tensão
Também foram relatados confrontos no distrito do Brooklyn, em Nova York. Charlotte, no estado da Carolina do Norte, e Houston, no Texas, também tiveram atos
Na região metropolitana de Minneapolis e sua cidade “gêmea”, Saint Paul, separadas apenas pelo rio Mississippi e onde ocorreram incidentes violentos nas últimas três noites, centenas de manifestantes bloquearam uma ponte que une as duas cidades para retomarem os protestos. Tudo isso apesar do toque de recolher que vem ocorrendo desde o anoitecer e durante todo o final de semana. Nas últimas três madrugadas, essas manifestações resultaram em saques, incêndios de viaturas e confrontos com policiais
Alguns grupos, de punhos erguidos, se reuniram em frente ao prédio da sede da polícia do Terceiro Distrito, no sudeste de Minneapolis, que foi incendiado nos protestos de quinta-feira à noite, gritando “não podem prender todos nós”
“Não consigo respirar”
A origem dos protestos foi a morte de George Floyd, de 46 anos, na segunda-feira, enquanto estava rendido por policiais depois de ser preso sob suspeita de tentar usar uma nota falsa de US$ 20 em um mercado
Imagens gravadas por pedestres que testemunharam a ação policial mostram Derek Chauvin, um dos quatro agentes envolvidos na prisão – e que depois foi expulso da corporação e preso – pressionando com o joelho o pescoço de Floyd, que estava deitado no chão. O policial permaneceu com o golpe por, ao menos, 7 minutos, ignorando os apelos de Floyd de que não conseguia respirar
Chauvin foi acusado formalmente de homicídio em terceiro grau e homicídio culposo pelo procurador do condado de Hennepin, Mike Freeman, que explicou que não o fez antes porque não tinha provas suficientes
FONTE: EFE, com R7
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