Revolta se iniciou depois do anúncio de que haveria aumento no preço dos combustíveis; governo suspendeu a medida após a onda de violência
Os protestos da população que assolam o Haiti há dois dias já causaram a morte de pelo menos três pessoas e destruíram áreas da capital Porto Príncipe. As manifestações também deixaram dezenas de feridos
A revolta popular se iniciou depois do anúncio de que haveria um aumento no preço dos combustíveis, a partir do último sábado (7), chegando a 49% no preço da gasolina, 40% no do diesel e 50% no do querosene. A cidade de Cabo Haitiano, no norte, também foi palco de protestos
Supermercados foram saqueados, carros foram incendiados, um hotel de luxo foi atacado com pedras e os transportes na capital foram paralisados. Chegou-se a ouvir rajadas de metralhadoras durante os distúrbios
Após pedir calma à população, o primeiro-ministro Jacques Guy Lafontant, no cargo desde fevereiro de 2017, voltou atrás no decreto e suspendeu momentaneamente o aumento nos combustíveis
Cerca de 80% dos habitantes do Haiti vive com menos de dois dólares por dia. Pelo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU (Organização das Nações Unidas), o país é o mais pobre das Américas. E o querosene é fundamental para iluminar os lares do país. A situação se tornou emergencial quando houve inclusive ameaça à estabilidade do governo
O presidente da câmara baixa, dos deputados, Gary Dodeau, deu um ultimato ao governo para voltar atrás na medida. Caso contrário prometeu derrubar o governo e transferir o poder para o Parlamento
FONTE: R7.COM
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