Ex-primeira dama de El Salvador e militante do PT desde os anos 80, Vanda Pignato intermediou, segundo a Odebrecht, o pagamento de R$ 5,3 milhões de caixa dois feito pela empreiteira à campanha de Mauricio Funes, na época seu marido e candidato à Presidência.
O relato faz parte do acordo de delação de executivos da empresa na Lava Jato, assinado nos últimos dois dias.
O dinheiro, segundo delatores, foi pago em 2008 pela Odebrecht ao marqueteiro João Santana, que comandou a comunicação da campanha que elegeu Funes em março do ano seguinte.
Resposta
Por e-mail, Vanda Pignato negou ter atuado na arrecadação de dinheiro para a campanha. Ela disse ainda que nunca conversou com Lula sobre doações para Mauricio Funes e desconhece participação dele.
Vanda afirmou ter conhecido Marcelo Odebrecht com outros empresários brasileiros em evento da Fiesp, em 2010, e ter visitado projeto da empresa na Bahia, em 2011. Segundo ela, o último encontro foi em uma visita do empresário a El Salvador.
Procurado pela reportagem, o Instituto Lula respondeu que não comenta “especulação de delação”. O PT não quis se manifestar. A Odebrecht disse que não se pronuncia sobre negociação com a Justiça.
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