Plano foi descoberto e Polícia apreendeu menores, líderes, armamento e munições próximo ao Morar Melhor.
As constantes operações conjuntas realizadas pela Polícia Militar e Civil nos condomínios residenciais da zona Leste da cidade, principalmente Orgulho do Madeira e Morar Melhor, que têm sido grandes campos férteis para o recrutamento de jovens e adolescentes por facções criminosas, tem coibido, em parte, a onda de violência em Porto Velho.
Há duas semanas, por exemplo, o serviço de inteligência descobriu um plano da facção ´Primeiro Comando do Panda´ para trucidar os rivais membros do Comando Vermelho – que domina o Orgulho do Madeira. Seis pessoas, dentre elas uma menor, foram presos, e apreendidos várias armas, munições e um veículo que conduziria o bando até o local onde seria feito o serviço.
Todos os acusados tiveram suas prisões temporárias transformadas em preventivas e ficarão guardados por 90 dias por ordem da Justiça, suspeitos de cometimentos de como crimes porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, corrupção de menor e organização criminosa (art. 16 da lei n. 10.826/2003, art. 244- B do ECA e art. 2º, § 1º e §4º, inciso I, da lei n. 12.850/2013).
A PRISÃO
Momentos antes do ataque, os acusados se reuniram no Condomínio Morar Menor para traçar as estratégias do ataque. No meio do caminho, os policiais já haviam montado uma barreira e o plano acabou sendo frustrado. Os ocupantes estavam em um veículo Ecosport e trazendo consigo um revólver calibre .38, uma pistola calibre .40 e (01) uma metralhadora automática e calibre 9mm, de uso restrito.
A metralhadora estava nas mãos do menor P.R, de 16 anos. No grupo havia ainda outras quatro pessoas, dentre elas duas jovens maiores de idade, uma delas, namorada do líder. O casal chegou a negar que não sabiam dos planos dos colegas e que estavam apenas dando carona para o grupo, ou faziam parte de facção criminosa. Um dos presos é suspeito de ter se envolvido em um homicídio na noite anterior no Orgulho do Madeira.
O desembargador Antônio Robles julgou na semana passada o pedido de habeas corpus dos envolvidos presos pela polícia e manteve a prisão, demonstrando preocupação com o envolvimento cada vez maior de jovens em crimes hediondos na capital, principalmente na região dos condomínios populacionais da zona leste da cidade de Porto Velho.
“Fatos como estes tem acontecido com certa frequência nesta capital, fazendo com que aumente a sensação de temor, chegando a causar pânico em parcela da comunidade, especialmente de regiões mais perigosas, reféns da criminalidade e da violência das facções criminosas. Outrossim, crimes violentos em retaliação a outros cria um círculo vicioso e preocupante, onde a criminalidade organizada simplesmente ignora o poder estatal, amedrontando a população”, disse o magistrado ao manter a prisão dos acusados.
FONTE: OOBSERVADOR
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