Brasil

‘Prévia’ do PIB indica queda acima de 1% no 1º trimestre de 2016

Em ritmo inverso ao da média brasileira, o emprego na indústria do Paraná cresce pelo 22.º mês consecutivo. Foto: Gilson Abreu/FIEP

Em março, IBC-BR registrou queda de 0,36%, segundo o Banco Central.
No 1º trimestre, contração apontada é de 1,44% sobre o último de 2015.

O nível de atividade da economia brasileira registrou queda de 0,36% em março deste ano, segundo números divulgados nesta sexta-feira (13) pelo Banco Central.

O chamado Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), calculado pelo BC e que busca ser uma espécie de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou um “encolhimento” de 1,44% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com os três últimos meses de 2015. A variação foi feita após ajuste sazonal.

Resultados do IBC-Br x PIB
Embora o cálculo seja um pouco diferente, o IBC-Br foi criado para tentar ser um “antecedente” do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.

Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo IBGE. O Banco Central já informou anteriormente que o IBC-Br não seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas “um indicador útil” para o BC e para o setor privado.

Recentemente, o BC atualizou a metodologia de cálculo, incorporando novos indicadores, com destaque para a utilização da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) em substituição à Pesquisa Mensal de Emprego (PME); além de outras mudanças.

Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros (Selic) do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, o maior nível em nove anos.

Pelo sistema de metas de inflação que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.

Para 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Desse modo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

Neste ano, o mercado financeiro acredita que a inflação oficial ficará novamente acima do teto de 6,5% do sistema de metas. Em 2015, somou 10,67%, a maior em 13 anos, e estourou a meta de inflação. Para os analistas dos bancos, a inflação somará 7,08% em 2016.

O Banco Central tem dito que trabalha para trazer a inflação para dentro da banda do sistema de metas em 2016 e próxima do objetivo central, de 4,5%, em 2017.

Fonte: G1

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