Eleições

Prefeitos presos pela PF em Rondônia podem fazer campanha à reeleição na cadeia

Essa não é a primeira vez que políticos presos em ano eleitoral seguem com suas candidaturas em Rondônia

Os prefeitos de Rondônia presos na Operação ‘Reciclagem’, da Polícia Federal, realizada na última sexta-feira (25), continuam com as candidaturas registradas no Tribunal Regional Eleitoral.

Nessa ação foram presos: Glaucione Neri( MDB), de Cacoal; Marcito Pinto(PDT), de Ji-Paraná; Luizão do Trento(PSDB); e Gislaine Lebrinha (MDB), da cidade de São Francisco do Guaporé (RO).

Segundo o site divulgacandcontas, estão registradas as candidaturas, concorrendo a reeleição, da prefeita de Cacoal, Glaucione Neri(MDB); e a de Marcito Pinto(PDT). Glaucione concorre com o lema de campanha ‘Cacoal seguindo em frente’ e Marcito usa como lema de campanha ‘Ji-Paraná não pode parar’.

De acordo com o especialista em Direito Eleitoral e ex-juiz titular do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, Juacy dos Santos Loura Júnior, apenas condenados em segunda instancia são impedidos de participarem do pleito. “A Lei da Ficha limpa não se enquadra no caso desses dois prefeitos presos, já que eles não foram sequer levados a julgamento, o que deixa ambos dentro da legalidade para seguirem com suas campanhas”, afirmou Juacy dos Santos Loura Júnior. Ou seja, caso Glaucione ou Marcito permaneçam presos durante toda a campanha eleitoral de 2020 ainda podem conquistar a reeleição se assim for a escolha da maioria dos eleitores de seus municípios.

Casos semelhantes

Essa não é a primeira vez que políticos presos em pleno ano eleitoral seguem com suas candidaturas no estado de Rondônia.

No ano de 2006, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Carlão de Oliveira, foi preso durante a deflagração da operação Dominó, mesmo assim manteve sua candidatura à reeleição.

Carlão não foi reeleito, porém ficou na suplência com uma votação expressiva de 10.572 votos. Já na cidade de Vilhena, cidade localizada no Cone Sul do Estado, os vereadores Júnior Donadon e Vanderlei Amauri Graebin tomaram posse dos seus mandatos em janeiro de 2017, mesmo ambos estando presos.

No estado do Rio de Janeiro, a candidata à prefeitura da capital, Cristiane Brasil, retirou sua candidatura após ser presa em uma operação policial de combate à corrupção.

Com o início do período de campanha neste último domingo (27) Glaucione e Marcito já podem inclusive pedirem votos dentro de suas celas, resta saber a escolha do eleitor.

FONTE: RONDONIAOVIVO.COM

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